EXPOINGÁ

Exposição de trabalhos abre evento de Saúde Mental

Uma exposição com trabalhos dos portadores de transtornos mentais, na entrada do Paço Municipal, abriu nesta terça-feira (13) o evento “Saúde Mental: Enfrentando Desafios”, marcando o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.

A “Expoemoções” estará no Terminal Urbano na quarta, no Shopping Cidade na quinta e na sexta-feira no Cine Teatro Plaza, onde ocorrem as palestras sobre o envolvimento da sociedade no tratamento dos portadores de transtornos mentais.

Todos os trabalhos em exposição foram criados pelas pessoas atendidas nos serviços de Saúde Mental de Maringá e do Projeto Girassol da Associação Maringaense de Saúde Mental.

São quadros, peças de artesanato e marcenaria produzidos por mais de 500 pacientes atendidos no Hospital Municipal, Hospital Psiquiátrico, CAPSad e CAPS Canção.

Na sexta-feira (16), profissionais da área de saúde participam de uma série de palestras sobre o tratamento de transtornos mentais.

O psicólogo Hélio Honda, professor de mestrado em psicologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), abre o evento pela manhã falando sobre 'Ética, subjetividade e transtorno mental'.

Na sequência apresentação de peça de teatro sobre 'Humanização' com Pedro Uchôa, da UEM.

No período da tarde, a psicóloga Dayse Joppert, autoridade sanitária do CAPS Infantil Boa Vista, de Curitiba, faz palestra sobre o tema 'Como lidamos hoje com o transtorno mental: usuários, familiares, profissionais e comunidade'.

Encerrando a programação, será realizada uma mesa redonda sobre a Rede de Atenção à Saúde Mental em Maringá.

O evento pretende debater o Movimento Organizado dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), iniciado na década de 1970, que defende o envolvimento de toda comunidade na assistência à saúde mental e privilegia os serviços extra-hospitalares.

Um dos eixos da discussão está relacionado à desinstitucionalização, que aborda questões relacionadas ao preconceito e à discriminação com o portador de transtorno mental.

O tratamento atual, no entender da saúde pública, deve envolver não apenas os profissionais da área e os familiares, mas toda sociedade.

Todos precisam ser considerados “agentes terapêuticos”.

Para o movimento é importante que o portador de transtorno mental possa contar com a colaboração de toda comunidade, focalizando sempre o desenvolvimento de suas potencialidades e não da sintomatologia decorrente de seu problema.
PMM