HORÁRIO DE VERÃO

Paraná reduz em 5% a demanda de energia em horário de ponta

O horário de verão terminou à zero hora de domingo (17). Os relógios foram atrasados em uma hora em dez estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal. O atraso significa que o sábado (16) terá 25 horas, pois o ponteiro do relógio passará duas vezes pela meia-noite. No Paraná, houve redução de 5,5% na demanda por energia elétrica durante o horário de ponta, entre as 18h e 21h, segundo a estimativa preliminar da Copel.

O horário de verão começou em 14 de outubro, e completa 126 dias no sábado. São 14 dias a mais que o anterior. O principal objetivo do horário de verão não é economia de energia - como no período do racionamento -, e sim aliviar a carga no sistema elétrico. A redução decorre de uma associação de fatores como a mudança no comportamento dos consumidores, o término do expediente de trabalho mais cedo, ainda com luz natural, e o retardo do início da utilização da iluminação pública.

A estimativa do Operador Nacional do Sistema (ONS) é de que a folga operacional seja de 1.557 megawatts (4,2%) no subsistema Sudeste/Centro-Oeste e 480 megawatts (4,8%) no subsistema Sul. O valor equivale à capacidade de produção de três turbinas de Itaipu.

No Paraná, a folga corresponde à desativação temporária de uma carga próxima de 220 megawatts. O valor equivale à potência demandada no horário de ponta por uma cidade como Londrina, compara Christina Courtouke, engenheira do Centro de Operação do Sistema Elétrico da Copel. Também houve uma pequena queda, 0,5% no consumo de energia elétrica. A economia é provocada, principalmente, pelo menor tempo de uso de lâmpadas, já que a luminosidade natural é mais bem aproveitada. De acordo com a Copel, a queda no consumo é uma conseqüência importante do horário de verão, mas não é o motivo determinante da sua adoção.

Além de diminuir o risco de sobrecargas em usinas, linhas de transmissão e subestações, o horário de verão brasileiro também reduz a necessidade e intensidade de acionamento de termelétricas movidas a carvão ou óleo combustível. Essas usinas, cujo custo de produção é mais elevado que o das hidrelétricas, usualmente são acionadas durante algumas horas para complementar a necessidade do mercado no período do pico de consumo.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, no período de horário de verão anterior, a redução foi de 1.480 megawatts ou 4% do total nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. No Sul, a queda foi de 440 megawatts durante o horário de pico. O valor equivale a 4,4% do consumo.

ACIM