SAÚDE

Nova medicação para tratamento de neuroblastoma será custeada pelo SUS

Com valor de aproximadamente R$ 2 milhões, remédio Qarziba é indicado para casos de alto risco do câncer. Saiba mais.

Nova medicação para tratamento de neuroblastoma será custeada pelo SUS
Neuroblastoma é o terceiro tipo de câncer infantil mais recorrente, depois da leucemia e de tumores cerebrais. - Foto: Freepik

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou, nesta quinta-feira (5), a incorporação do medicamento betadinutuximabe ao tratamento do neuroblastoma de alto risco.

A medida determina que o remédio passará a ser custeado e distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com a condição de que o paciente tenha sido previamente tratado com quimioterapia e alcançado pelo menos uma resposta parcial, seguida de terapêutica mieloablativa e transplante de células tronco.

O pedido de incorporação do medicamento foi submetido à Conitec em janeiro deste ano pelo laboratório farmacêutico Recordati, que comercializa o remédio com o nome Qarziba.

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O neuroblastoma é o terceiro tipo de câncer infantil mais recorrente, depois da leucemia e de tumores cerebrais. O remédio, que custa cerca de R$ 2 milhões, é indicado para casos de alto risco ou recidiva e já foi utilizado em mais de mil pacientes de 18 países.

Segundo o fabricante, ele melhora a sobrevida, aumenta a probabilidade de cura e reduz o risco de a doença voltar.

Em janeiro deste ano, uma campanha de arrecadação de recursos para o tratamento de Pedro, filho do indigenista Bruno Pereira, chamou a atenção para a urgência da incorporação do betadinutuximabe ao SUS.

Em apenas três dias, a campanha alcançou a meta, mas a família de Pedro se uniu a outras famílias que também vivenciam a dificuldade de acesso aos remédios para o tratamento do neuroblastoma.

A doença, mais comum em crianças com até cinco anos de idade, pode surgir na glândula adrenal, nas regiões cervical, torácica, abdominal e/ou pélvica, seguindo o trajeto do sistema nervoso simpático.

O diagnóstico é feito através de biópsia e os sintomas incluem febre, palidez, irritabilidade, incômodo no tórax, dor de barriga, dor óssea e emagrecimento.

Agência Brasil