Confira entrevista com Edson Scabora, candidato a prefeito de Maringá pelo PSD
Maringa.Com realiza uma série de entrevistas com todos candidatos abordando temas como segurança, cultura, mobilidade urbana, entre outros.
Com as Eleições Municipais se aproximando, o Maringa.Com realiza uma série de entrevistas com os candidatos à prefeitura de Maringá abordando diferentes temas como segurança, cultura, mobilidade urbana e mais.
Considerando a ordem alfabética dos cinco candidatos, o primeiro entrevistado é Edson Scabora. Vice-prefeito durante o mandato de Ulisses Maia, Scabora vai disputar a prefeitura pela coligação PSD, Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e Partido Socialista Brasileiro (PSB). A vice será a advogada Ana Nerry, do MDB.
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As eleições municipais ocorrerão em todo o Brasil, exceto o Distrito Federal e o arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, para definir os próximos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.
O primeiro turno do pleito será realizado no dia 6 de outubro e, caso necessário, o segundo turno está previsto para 27 de outubro. As votações serão abertas a partir das 8h e encerram às 17h, considerando o horário oficial de Brasília.
Confira, a seguir, as respostas do candidato Edson Scabora.
A violência no centro de Maringá tem sido uma grande preocupação dos moradores. Como seria possível garantir maior segurança pública na região?
Durante a nossa gestão, a Guarda Civil Municipal se tornou referência no Paraná e vem inspirando outros municípios na formação e aprimoramento de suas instituições próprias. Nós ampliamos o efetivo com guardas armados, criamos a Patrulha Maria da Penha e a Patrulha Escolar e ainda implantamos a ‘Escola da Guarda’, para formação e capacitação dos agentes.
Também instalamos um dos sistemas de segurança mais modernos e inteligentes do País: o Centro de Controle Integrado (CCI), com câmeras de reconhecimento facial e leitura de placas de veículos, monitoradas 24 horas por dia, em diferentes pontos da cidade. Também iniciamos a troca de mais de 55 mil pontos de iluminação pública por LED, que proporciona ainda mais segurança para a população.
Segurança sempre foi uma das prioridades na nossa gestão. Mas sabemos que ainda há muito a ser feito. Por isso, vamos ampliar o efetivo da Guarda, de 166 para 350 agentes, o que vai garantir cobertura mais ampla e mais agilidade nos atendimentos. Vamos aumentar o patrulhamento motorizado e o apoio canino, além de instalar mais supercâmeras de monitoramento.
Outra ferramenta tecnológica prevista no nosso Plano de Governo é a criação de um aplicativo que permitirá a comunicação rápida e eficiente da população com as forças de segurança. Vamos usar todas as ferramentas tecnológicas disponíveis a serviço da segurança e do bem-estar da nossa população. Destaque também para a revitalização urbana, já concluída em várias praças e com as obras em andamento no Eixo Monumental.
Ao transformar os espaços públicos em áreas de convivência e lazer, atraímos a comunidade e inibimos ações de criminosos nesses locais.
Quais iniciativas de assistência social poderiam ser adotadas para amenizar o número de moradores de rua em Maringá?
No ano passado, nossa gestão investiu mais de R$ 4,4 milhões com diversos serviços destinados à população em situação de rua, incluindo Centro Pop, Abordagem Social Adulto, Abordagem Social de Crianças e Adolescentes, Portal da Inclusão, Albergue e outros. Há ainda as equipes do Consultório de Rua, que teve o serviço ampliado e é mantido com recursos federais.
No meu mandato, vamos avançar ainda mais na área de assistência social.
Nosso Plano de Governo prevê a construção de um novo espaço para o Centro Pop, com infraestrutura mais ampla e completa para oferecer alimentação, higiene, apoio social e abrigo temporário para a população em situação de rua. Com isso, vamos ampliar os atendimentos, melhorar a qualidade dos serviços e facilitar a reintegração social da população em situação de rua.
Com uma equipe multidisciplinar e capacitada, vamos expandir as abordagens. O objetivo é ampliar o suporte e os encaminhamentos aos serviços de acolhimento e outras políticas públicas do município, como serviços de saúde, comunidades terapêuticas, qualificação profissional, vagas de emprego e outras.
Além do setor cervejeiro, que outros potenciais turísticos de Maringá poderiam ser explorados para atrair mais visitantes?
Maringá tem uma grande variedade de atrativos turísticos, incluindo parques, monumentos históricos, templos religiosos, teatros e a gastronomia, como as cervejarias, cafeterias, hamburguerias, entre outros segmentos. Vamos avançar ainda mais no fomento ao turismo. Sancionamos recentemente o Plano Municipal de Turismo e em breve vamos ter também o Plano de Aceleração Econômica, medidas inéditas para impulsionar a economia e o turismo da nossa cidade.
Os Planos, que vamos colocar em prática, preveem o fortalecimento de empreendimentos locais dos mais variados setores, fomento ao turismo rural nas pequenas e médias propriedades, fomento ao turismo em saúde, entre outros segmentos.
Além disso, vamos criar a Casa Internacional de Negócios, um espaço dedicado à promoção da internacionalização de negócios locais. Haverá suporte às empresas que desejam expandir para o mercado internacional, facilitando conexões comerciais, informações sobre exportação e oportunidades de mais negócios.
Nosso Plano de Governo também prevê a criação de um aplicativo de guia de turismo que informará sobre eventos, atrações e programas culturais em Maringá. A ferramenta vai incluir funcionalidades interativas como mapas, horários e recomendações, melhorando a experiência dos visitantes e promovendo o turismo local.
Para facilitar a mobilidade dos visitantes e incentivar o turismo, vamos implementar o bilhete de transporte único exclusivo para turistas. O bilhete permitirá o acesso a diferentes meios de transporte público e atrações turísticas de Maringá com um único passe.
Além disso, com a pavimentação de 40 km de estradas rurais, vamos melhorar o acesso e a infraestrutura para potencializar o desenvolvimento econômico local e fomentar o turismo rural.
Também vamos organizar anualmente a ‘Meia Maratona Maringá’, que vai incluir diferentes categorias de corrida para atender a corredores de todos os níveis. Além de promover a saúde e o bem-estar, o evento vai fomentar o turismo e estimular a economia local.
As atividades culturais têm se intensificado na cidade durante os últimos anos. Há algum projeto que vise a ampliação do setor ou que promova maior incentivo às manifestações artísticas de Maringá?
Sim, vamos aumentar significativamente as políticas públicas culturais em Maringá. Nossa proposta é expandir o apoio e o financiamento para projetos culturais, eventos e iniciativas que promovam a diversidade cultural e artística, o que inclui a ampliação de espaços culturais, suporte a artistas locais e a realização de eventos que celebrem a cultura e as tradições de Maringá.
Também vamos aumentar o valor destinado ao edital do Prêmio Aniceto Matti para R$ 3 milhões, ou seja, Maringá terá mais recursos para financiamento de projetos culturais, artísticos e de patrimônio. O edital incentivará a participação de artistas e produtores culturais e contribuirá para o enriquecimento da oferta cultural da cidade.
Teremos ainda um novo edital voltado exclusivamente para pequenos produtores culturais, com foco na profissionalização e no reconhecimento dos artistas locais. O novo edital oferecerá subsídios e apoio para projetos que promovam a cultura e a arte na comunidade, incentivando a criação e a inovação cultural.
Nosso Plano de Governo também prevê a implementação do projeto ‘Cultura até Você’, que levará atividades culturais e eventos nos salões comunitários e equipamentos públicos dos bairros. Garantiremos acesso à cultura, proporcionando experiências culturais enriquecedoras diretamente nas comunidades.
O transporte público de Maringá é alvo de críticas constantes referentes aos preços e itinerários. Como a Prefeitura poderia influenciar ou mudar a qualidade do serviço prestado pela TCCC, visto que é a única empresa disponível na cidade?
O contrato com a TCCC foi feito em 2010, em gestões passadas, com prazo de até 40 anos, ou seja, pode chegar até 2050. Nossa gestão tem flexibilizado o modelo dentro do que a legislação permite.
Antes, as gratuidades (como passe do estudante e dos idosos) estavam inclusas na tarifa do transporte coletivo, ou seja, quem pagava as gratuidades era a própria população, por isso o passe era caro. A nossa gestão implementou o subsídio no transporte coletivo e hoje é o município que paga as gratuidades, com recursos próprios, para reduzir o valor da passagem.
Na minha gestão, vamos continuar subsidiando até chegar na tarifa zero para todos os maringaenses. Para isso, vamos rediscutir o contrato com a TCCC em busca de novas opções de remuneração, como por exemplo o pagamento por quilômetro rodado, e não mais a tarifa cheia.
Já no início do meu mandato vamos implementar a tarifa social, destinada a pessoas inscritas no Cadastro Único. Pessoas em situação de vulnerabilidade não vão pagar para usar o transporte público. E posteriormente teremos a tarifa zero, com transporte público gratuito para todas as pessoas. Essa medida terá um impacto significativo nas finanças das famílias maringaenses.
Quais obras ou reformas públicas serão priorizadas em seu possível mandato? Há algum projeto em mente?
Desde 2017, nós investimos na construção, reforma e ampliação de 29 escolas e CMEIs, que garantiram mais de 7.500 vagas na rede municipal de ensino. Outras 15 unidades escolares estão em obras de construção ou reforma, incluindo o Complexo Educacional do Jardim Espanha, um projeto inovador que contará com anfiteatro, quadra poliesportiva, ginásio de natação, entre outros.
Na Saúde, inauguramos as UBSs Maringá Velho e Conjunto Paulino que, juntas, têm capacidade para atender 26 mil pacientes/mês. Realizamos várias reformas e ampliações em outras unidades.
Também está em andamento a construção da UBS do Jardim Andreia e do Hospital da Mulher. Além de outras grandes obras, como casas populares, centros esportivos, restaurantes populares, obras de recapeamento asfáltico por toda a cidade (mais de 430 km) e muito mais.
Estão em andamento as obras do Eixo Monumental, que vão transformar o centro de Maringá, e o Centro de Eventos Oscar Niemeyer, projeto desenvolvido na década de 1980 pelo renomado arquiteto e resgatado pela nossa gestão. Já fizemos muito e queremos fazer ainda mais.
Vamos construir mais 400 casas para oferecer moradia digna a famílias maringaenses. Já temos pronto o projeto do condomínio para pessoas com deficiência, com moradias adaptadas e acessíveis.
Além disso, vamos construir dois novos centros esportivos: no distrito de Iguatemi e no Jardim São Silvestre, para a prática de diferentes modalidades esportivas, atividades recreativas e eventos comunitários, com acesso gratuito para a comunidade.
Outras grandes obras previstas no nosso Plano de Governo são a construção de uma UBS Animal, com a oferta de cuidados veterinários básicos e emergenciais, e a construção de um canil de passagem, para acolhimento temporário e reabilitação de animais resgatados.
Tenho o compromisso de reformar e ampliar a UPA Zona Norte; reformar os centros esportivos existentes; pavimentar 350 km de vias urbanas e 40 km de estradas rurais; ampliar e revitalizar as principais avenidas da cidade para facilitar o tráfego de veículos e reduzir congestionamentos; construir 50 km de ciclovias; revitalizar fundos da vale com ciclovias e pistas de caminhada; revitalizar o Parque Alfredo Nyffeller (Buracão) e construir quadras de tênis, beach tênis e futevôlei, assim como fizemos no Programa Meu Campinho.
Para monitorar as execuções de obras e infraestrutura em tempo real, vamos implementar um aplicativo de gestão e controle. A ferramenta permitirá a visualização simultânea do progresso das obras, facilitando a supervisão e a tomada de decisões rápidas. Essas são só algumas das obras que vamos fazer e que melhorarão ainda mais a qualidade de vida dos maringaenses.
A mobilidade urbana sustentável tem sido um dos grandes destaques de Maringá. Há previsão para ampliação de malhas cicloviárias ou novos projetos que priorizem uma locomoção menos poluente?
Com os diversos investimentos da nossa gestão, Maringá já tem hoje 45 km de ciclovias. Recentemente iniciamos o processo para contratação da empresa que vai construir uma nova ciclovia de 4,4 km na Avenida Tuiuti, entre o Contorno Norte e a Avenida Brasil.
No meu mandato, vamos ampliar a rede de ciclovias do município para 100 km executados. Com a criação de um circuito integrado de ciclovias que ligarão diferentes bairros, vamos incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte e reduzir o fluxo de veículos nas vias de Maringá.
Além disso, vamos incentivar o uso do transporte coletivo com a implantação da tarifa zero para toda a população. Nossa gestão já paga o subsídio no transporte coletivo, o que reduziu o valor da passagem para a população.
No ano que vem, vamos instituir a tarifa social para pessoas inscritas no Cadastro Único e posteriormente vamos ajustar o orçamento e garantir tarifa zero para todos.
Na sua opinião, caso eleito, qual será o principal desafio a ser enfrentado durante a administração de Maringá?
O principal desafio de um gestor público é estar atento às necessidades da população e procurar atendê-las o mais rápido possível. Nosso objetivo é proporcionar os melhores serviços públicos aos maringaenses, em todas as áreas.
Em qualidade da saúde, por exemplo, Maringá subiu 110 posições e tornou-se a quinta melhor cidade do Brasil na nossa gestão, segundo o Ranking de Competitividade dos Municípios. No meu mandato, vou trabalhar para alcançarmos o primeiro lugar do País.
Maringá já é reconhecida pela qualidade de vida, desenvolvimento social e econômico e crescimento planejado. Mas queremos mais. Vamos trabalhar para que a nossa cidade seja cada vez melhor para viver, investir e visitar.