SEGURANÇA

Conselho de Segurança tem projetos para 2006

O presidente do Conselho de Segurança de Maringá, Everaldo Moreno, acredita que o incremento em praticamente todas as modalidades do crime se deve principalmente a dois motivos: a ausência de políticas de assistência social e a falta de cumprimento do Estado no que se refere ao trabalho de prevenção.

"Nos 33 municípios de abrangência do 4º BPM a situação é a falta de pessoal", diz.

Em setembro, quando da mobilização com um pedido de basta à violência, mais de cem entidades da região assinaram um pedido à Secretaria de Estado da Segurança Pública para o encaminhamento de pelo menos 300 policiais para a região, mas até agora a reivindicação não foi atendida.

"Recuamos no embate e estamos buscando o atendimento às reivindicações junto aos representantes da cidade", conta.

Enquanto a cidade não recebe mais policiais para melhorar a segurança, o Conselho busca alternativas para tentar diminuir a insegurança da população.

Um dos projetos que devem ser colocados em prática já no início de 2006 é a implantação do canil com cães farejadores que poderão colaborar no combate ao tráfico de drogas.

"Temos os recursos necessários e o local para a construção já foi definido", relata.

Outro projeto, que o Conselho espera por em prática em 2006 é a instalação de câmeras de vigilância em boa parte do eixo monumental da cidade.

"Idéia é colocar câmeras desde a praça da catedral, passando pelo Fórum, Prefeitura, avenida Getúlio Vargas, praça Raposo Tavares, Rodoviária velha e Terminal Urbano", explica.

Membros do Conselho de Segurança estiveram em outras cidades onde projetos semelhantes foram implantados e a avaliação tem sido positiva.

"Acreditamos que com a implantação das câmeras poderemos limpar o eixo central da cidade", avalia.

Entre as frustrações no ano de 2005, Moreno destaca que no final do ano, apesar do grande número de policiais na avenida Brasil, vendedores de produtos pirateados atuavam livremente nas calçadas.

"Foi o grande ponto falho do final de ano, principalmente por parte da Prefeitura, que é a responsável pela fiscalização", diz .

Em 2006, o Conselho de Segurança também deve encabeçar a discussão de dois projetos para Maringá. Um deles, referente à Lei Seca, que foi reprovada na Câmara.

O outro projeto refere-se a implantação da Guarda Municipal, defendida pelo Conselho e pelo prefeito Silvio Barros.

"Para isso é preciso uma lei bem definida com recursos pré-definido, mas acredito que o projeto vai acontecer", confia o dirigente.