Prevenção é o caminho para combater os incêndios ambientais

Desde o início deste ano, os incêndios ambientais destruíram mais de 60 hectares em Maringá, a maior parte deles de vegetação rasteira. Só em agosto, tradicionalmente um dos meses de maior risco por conta do clima seco e dos ventos fortes, as equipes do 5º Grupamento de Bombeiros (GB) atenderam a 110 ocorrências até esta sexta-feira (dia 31) que causaram estragos em mais de 30 hectares. No ano, são 314 ocorrências registradas.

Segundo tenente Nivaldo do Rego, porta-voz do 5º GB em Maringá, todo esse estrago poderia ter sido evitado uma vez que, em quase 100% dos casos atendidos, os incêndios ocorrem por ação do homem. “Quando a área está muito seca, qualquer lixo jogado pelo homem pode acarretar em um grande desastre. Mas, infelizmente, a nossa maior preocupação ainda é mudar uma cultura muito propagada na região de usar as queimadas com a finalidade de limpar terrenos e áreas para manejo do solo em áreas agrícolas. Especialmente nesta época do ano, o fogo se alastra muito rápido por conta do clima seco e dos ventos, e rapidamente foge do controle e até mesmo a vegetação verde é consumida”, alerta.

Em dias de calor intenso e baixa umidade relativa do ar, os bombeiros de Maringá chegaram a atender até oito ocorrências de incêndio ambiental em um único dia. Trabalho e esforço que demandaram reforço extra do efetivo. “Em várias ocasiões tivemos que solicitar reforço de equipes que estavam de folga para conseguir atender aos chamados”, diz o tenente, lembrando que além do tempo de combate às chamas, ainda é necessário fazer o rescaldo das áreas.

O tenente Nivaldo alerta ainda que os danos causados pelos incêndios não se restringem ao meio ambiente, como a diminuição de biodiversidade, do desequilíbrio ambiental e da erosão do solo. Eles afetam de maneira prejudicial à saúde da população, bem como geram problemas econômicos e humanos. “A prevenção é a melhor estratégia para evitar os estragos e prejuízos provocados pelos incêndios ambientais. Para tanto, precisamos muito da colaboração da população”, diz.

Em casos de incêndios, a orientação é acionar o Corpo de Bombeiros o quanto antes pelo telefone 193. Vale lembra que quem for pego colaborando com o desenvolvimento de incêndios poderá ser punido com três meses a um ano de cadeia, ou com multas de uma a cem vezes um salário mínimo.