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Projeto do novo Centro Judiciário de Maringá é apresentado

O prefeito Silvio Barros apresentou nesta terça-feira (20), o novo projeto do Centro Judiciário de Maringá para juízes, promotores, dirigentes da OAB e advogados. Junto com o autor do projeto, Paulo Molinari, do setor de engenharia do Tribunal de Justiça e do superintendente substituto da Secretaria de Patrimônio da União, Luciano Sabatke Diz, o prefeito apresentou o projeto de ocupação da área do antigo aeroporto antes de mostrar o projeto do Centro Judiciário.

Detalhando todo o processo de negociação do terreno com a União, Silvio Barros mostrou que a área pública onde está a pista do antigo aeroporto e a área anexa, que pertencia à Companhia Melhoramentos, equivale ao tamanho do centro de Maringá. “A área tem a mesma dimensão do centro, entre a catedral e o campus da UEM e é um espaço vital”, comparou.

O primeiro passo, revelou o prefeito, foi mostrar à Secretaria de Patrimônio da União a proposta de transformar o local no futuro centro cívico de Maringá. “A área foi dividida de forma a atender os órgãos públicos do município, do Estado e da União, além das instituições ligadas aos setores públicos”, informou citando o repasse de sete áreas para alguns órgãos como INSS, Tribunal de Justiça e Tribunal Regional Eleitoral, entre outros.

Durante o processo de cessão das áreas públicas, a Companhia Melhoramentos vendeu o terreno anexo à pista do antigo aeroporto, e os novos proprietários buscaram um projeto inovador em um escritório de arquitetura francês. “O projeto foi o único a ser implantado em um país da América Latina inscrito na Bienal de Arquitetura de Barcelona, e foi considerado o terceiro melhor no evento, perdendo para dois da Arábia Saudita”, contou Silvio Barros.

Os arquitetos franceses conheceram a área, e fizeram uma proposta aos proprietários, de incorporar a área privada e a área pública onde está sendo implantado o Centro Judiciário, para um projeto único. Procurado, o prefeito ouviu autoridades da União e aceitou levar o projeto para toda a área. A partir daí começaram as negociações das áreas já repassadas às instituições públicas.

O representante do setor de engenharia do Tribunal de Justiça, Paulo Molinari, disse que o órgão aprovou a proposta, e levou a frente. Porém, existia o risco de atrasar a implantação do novo Fórum na área, e o TJ decidiu aceitar outra área para viabilizar e agilizar a obra. “O projeto é fantástico mas optamos em agilizar a construção do Fórum e para isso optamos por uma nova área, sem prejuízo para o Tribunal ou para o projeto”, disse.

Segundo Molinari até o final de setembro o novo terreno, ao lado onde está sendo construído o prédio do TRE, de frente para a avenida Gastão Vidigal, estará escriturado em nome do TJ e até o final do ano os projetos complementares estarão prontos. Ele adiantou ainda que existe previsão orçamentária para a obra. “O presidente do Tribunal, Miguel Kfouri Neto, quer iniciar a obra em 2012 e a partir daí são 30 meses para a conclusão”, revelou.

Molinari revelou ainda que da área anterior, de 22 mil metros quadrados, o projeto foi ampliado para 26 mil metros, e as vagas de estacionamento foram de 180 para 250, além de 120 vagas privativas para juízes, promotores e funcionários graduados. “O prédio terá área para a expansão de mais seis varas e se necessário será possível ampliar para a área do estacionamento, localizando as vagas no subsolo”, disse.

O prefeito Silvio Barros revelou ainda que junto com os empreendimentos para a área do antigo aeroporto, estão previstos projetos de mobilidade. O município pretende implantar ciclovia e canaleta de transporte coletivo na extensão da avenida Gastão Vidigal, além de estender a ciclovia da Via Expressa que hoje vai da área central até a avenida Tuiuti.

Além disso, será implantado um terminal de transporte coletivo na região, e existe projeto de um terminal do Veículo Leve sobre Trilhos, aproveitando a ferrovia que atravessa a região para uma opção de transporte entre Paiçandu a Sarandi. “São projetos a serem implantados durante todo o processo, mas que vão garantir o atendimento ao público que se dirige aos órgãos que serão instalados no futuro Centro Judiciário”, disse.

O superintendente substituto da Secretaria de Patrimônio da União, Luciano Sabatke Diz, afirmou que a SPU aceitou o desafio de um novo modelo de implantação de projetos públicos junto à iniciativa privada como estará acontecendo em Maringá. “É um privilégio para a Secretaria de Patrimônio da União participar da implantação desse projeto que realmente é inédito não apenas em ocupação urbana mas também na forma como o poder público estará integrado ao processo”, lembrou.

O advogado João Everardo Resmer Vieira, presidente da OAB Maringá, afirmou que o projeto do novo Centro Judiciário está dentro das expectativas da categoria, e parabenizou a mobilização pelo projeto de ocupação da área do antigo aeroporto. “Realmente o projeto é um novo conceito em urbanismo e vai destacar Maringá”, disse.