SEGURANÇA

Paraná terá primeira autoescola só para militares do Brasil

O Paraná será o primeiro Estado do País a contar com um centro de formação de motoristas específico para pessoas com funções voltadas à segurança pública, como policiais militares, oficiais do Exército Brasileiro e do Corpo de Bombeiros. A implantação do centro segue uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e resulta de uma parceria do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) com as instituições que serão atendidas. O futuro CFC Militar deverá formar motoristas para primeira habilitação, alteração de categoria e renovação da CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Nesta segunda-feira (18), começaram as aulas para os 40 oficiais que atuarão no centro de formação, nas funções de diretor-geral, diretor de ensino, examinador de trânsito e instrutor de trânsito. Eles participam, até o dia 25 de agosto, de um curso de capacitação em quatro etapas e duração de 272 horas-aula. “O objetivo é ter uma equipe altamente qualificada, capaz de levar esses conhecimentos para a formação dos condutores que trabalham diretamente na proteção dos paranaenses”, destacou o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.

“A criação do CFC Militar segue a determinação do governador Beto Richa para a capacitação profissional. Entendemos que as viaturas e veículos policiais são instrumentos de trabalho destes oficiais e que suas habilidades como motoristas são importantes para o desenvolvimento de suas funções cotidianas”, afirma o comandante-geral da PM, Marcos Theodoro Scheremeta.

Além dos conteúdos básicos, como legislação de trânsito e direção defensiva, estão programadas aulas práticas em veículos da polícia e em ambientes especiais. “Depois de habilitados, os oficiais passam, ainda, pelo curso de condutores de viaturas policiais, que é voltado especificamente para os serviços de segurança”, explica o comandante da Academia Policial do Guatupê, major Carneiro.

A turma reúne membros do comando regional da polícia em Curitiba, Região Metropolitana, Litoral, Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Cascavel. A intenção é que o CFC Militar substitua as atuais Comissões de Habilitação, que funcionam em todo o Estado, sem que haja uma uniformização dos conteúdos aplicados.