SAÚDE

Brasileira está usando menos camisinha, segundo Ibope

Pouco mais de metade dos brasileiros adultos usa camisinha em novos relacionamentos, e a proporção de mulheres que se protegem vem caindo.

Percentual de mulheres que se protegem em um novo relacionamento caiu de 60% para 49% em oito anos

Os números são de uma pesquisa divulgada ontem pelo Ibope Mídia, que entrevistou 18.884 pessoas em nove regiões metropolitanas e no interior de Estados do Sul e do Sudeste, entre agosto de 2009 e julho de 2010.

"Em 2002, 60% das mulheres declaravam usar camisinha em novos relacionamentos", afirma Dora Câmara, diretora do instituto. Em 2010, apenas 49%.

Para Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, a menor presença das campanhas contra a Aids na mídia tem levado à queda no número dos que usam camisinha. "A tendência das pessoas é relaxar na prevenção."

A pesquisa, com questões sobre saúde, alimentação e consumo, mostra que 62% das pessoas só vão ao médico quando estão doentes. Esse percentual é maior entre os homens (64%).

"No Sistema Único de Saúde, a pessoa só vai mesmo se está doente. O cara não vai ficar na fila para fazer uma revisão de rotina", diz Lopes.

As dietas são uma grande preocupação do brasileiro, segundo o estudo. Para 79%, é importante manter a forma física. Entre as mulheres, 40% dizem estar sempre tentando perder alguns quilos, contra 29% dos homens.

A dieta constante é sinal de que ela não está funcionando, analisa Lopes.

A medicina homeopática e a caseira são confiáveis para 53% dos brasileiros, segundo os dados da pesquisa.

"Quase 70% das doenças são simples e se curam sozinhas. O médico homeopata tem uma relação mais intensa com o paciente do que o alopata, por isso dá resultado", diz Lopes.

Já o chá receitado pela avó pode estimular a automedicação. "Como muitas vezes a pessoa se cura sozinha, acha que o chá funciona."