O secretário de Saúde do Paraná, Michele Caputo Neto, anunciou, hoje à tarde (2), que o governo repassará, por meio do programa Hosp-SUS, os R$ 2 milhões que o hospital da Universidade Estadual de Maringá precisa para concluir as obras do bloco administrativo, liberando, assim, 30 leitos de internamento. Ele deu a informação durante coletiva à imprensa, ocorrida na sala dos Conselhos Superiores, prédio da Reitoria da UEM, com a participação também do secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal.Segundo Caputo Neto, o Hosp-SUS é um programa que será criado em março ou abril, visando a concentrar recursos de investimento e de custeio para os hospitais considerados social e sanitariamente necessários. Como o HU da UEM está nesta relação, ele receberá os R$ 2 milhões para terminar as obras. Com o prazo necessário para a licitação, a previsão do secretário é que o bloco administrativo seja concluído de 6 a 9 meses após o início dos trabalhos.Os 30 leitos mencionados por Caputo Neto sairiam do prédio do setor administrativo do hospital, onde atualmente funcionam de maneira improvisada. O local já possui instalações necessárias para o funcionamento de leitos hospitalares.Ainda na coletiva, Caputo Neto reforçou o compromisso de que irá trabalhar com redes de atenção, nas áreas de saúde mental, do idoso e de portadores de deficiência. Reafirmou também o compromisso do governador Beto Richa de investir, a partir de 2012, 12% do orçamento do Estado em saúde, cumprindo o que determina a Emenda Constitucional 29, ainda não regulamentada. Com isso, serão investidos cerca de 1 bilhão de reais nos anos de 2012, 2013 e 2014, quando terminará o mandato de Beto Richa.O secretário citou o fato de o governador ter conseguido aprovar, no final do ano passado, emendas ao orçamento para o investimento de R$ 20 milhões na compra de equipamentos para os hospitais da rede pública estadual, e de R$ 30 milhões para ajudar os consórcios intermunicipais de saúde.O secretário Alípio Leal destacou, entre outras coisas, que a proposta da Seti de criar um conselho de reitores é o compromisso de estabelecer uma política de participação com os reitores das instituições de ensino superior, propiciando voz ativa à comunidade universitária na formulação da política pública da Secretaria.
Leal explicou também que vai criar uma rede estadual de educação superior com o objetivo de definir melhor as ações e planejamento estratégico da Seti. Ele ainda esclareceu que o hospital universitário é um hospital escola, lamentando o fato de que esteja ocorrendo o desvirtuamento desta finalidade.A coletiva de imprensa contou também com a presença do reitor Júlio Santiago Prates Filho; da vice-reitora, Neusa Altoé; do secretário de Saúde de Maringá, Antonio Carlos Nardi; do superintendente do HU da UEM, José Carlos Amador; do pró-reitor de Administração da UEM, Marcelo Soncini Rodrigues; e da superintendente de gestão da Secretaria de Saúde do Paraná, Márcia Hussulak.Reunião no Hospital UniversitárioDurante visita de trabalho na UEM, os secretários Michele Caputo Neto e Alípio Leal também foram ao hospital universitário, na manhã de hoje (2). Eles foram recebidos pelo superintendente do HU, José Carlos Amador; pelo reitor Júlio Santiago Prates Filho; e pelos diretores do hospital.Amador apresentou aos dois secretários a pauta de reivindicação emergencial do HU, com o objetivo de obter a ampliação do número de leitos, a adequação e implantação de novos serviços, a otimização das atividades administrativas, de assistência, ensino e pesquisa.A pauta inclui a necessidade de se terminar o hospital, com a construção de mais 177 leitos, que, somados aos atuais 123, resultaria na oferta de 300 leitos; a conclusão do bloco administrativo; a inovação do parque tecnológico; a transformação de 141 servidores celetistas em estatutários; (efetivos); novas contratações; e a resolução do problema de superlotação do Pronto-Socorro.