Reitor da UEM recebe pauta de reivindicações de alunos

Cerca de 120 acadêmicos da Universidade Estadual de Maringá, liderados por dirigentes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), compareceram em frente ao prédio da reitoria hoje de manhã para entregar ao reitor, Gilberto Pavanelli, uma pauta com temas gerais relacionados ao ensino superior público e outra com reivindicações de assuntos específicos da UEM. Pavanelli havia se preparado para receber 20 estudantes no gabinete, conforme havia sido comunicado pelo DCE, mas como o grupo era muito grande e os alunos não aceitaram formar uma comissão representante, o encontro aconteceu na rua.

Os alunos questionam a falta de professores, pedem a ampliação do Restaurante Universitário (RU) e da Biblioteca Central (BCE), a construção de blocos com salas de aula e o cancelamento de processos administrativos contra alunos que, no ano passado, invadiram o RU e distribuíram comida de graça e também invadiram o prédio da reitoria, só desocupando-o por ordem judicial.

Dirigentes do DCE explicaram que as reivindicações foram aprovadas em assembléia e que se tratava de uma manifestação democrática contra a reforma universitária e em defesa da qualidade de ensino e dos acadêmicos. Pavanelli disse que o grupo era bem-vindo e que nunca se negou a conversar com os alunos, porém, pediu que as críticas sejam feitas com base em dados oficiais.

Pavanelli admitiu que é contra a proposta de reforma universitária, porque ela prejudica as instituições estaduais. Sobre o aspecto financeiro, o reitor explicou que a universidade é obrigada a gerar receita para custeio e manutenção, pois o governo do estado só repassa recursos para a folha de pagamento. Em relação à falta de professores, o reitor explicou que a Justiça proibiu as instituições públicas de admitirem servidores pelo regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).