SEGURANÇA

Área de segurança aprova uso de arma não letal

Representantes da Polícia Militar, Polícia Rodoviária, Polícia Federal, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Força Verde e autoridades locais assistiram nesta segunda-feira (2) uma demonstração de uso da arma não letal Taser, que foi testada em voluntários pelo representante da empresa americana.

O equipamento emite impulsos elétricos que paralisam o indivíduo, interrompendo a comunicação do cérebro e corpo entre 10 segundos e 30 minutos, dependendo da carga utilizada, preservando a integridade física do alvo.

Outro ponto favorável é que armamento tem um sistema que permite identificar todas as vezes que a arma foi utilizada, através de confetes com o número de série da arma que são liberados em cada disparo, registrando o dia, a hora e quantas vezes o gatilho foi acionado.

De acordo com o representante da Taser no Brasil, Elton Clemente Junior, a arma é 100% confiável.

“A Taser é altamente eficiente, sendo uma alternativa para as funções policiais como opção não letal, antes do último recurso, que é a arma de fogo. Não há risco nem para os suspeitos nem para os agentes de segurança”, afirma o representante.

A intenção da administração municipal é analisar o equipamento para futuramente adquirir 30 armas não letais para a Guarda Municipal.

“Se o prefeito Silvio Barros tiver interesse nossos patrulheiros terão mais esse equipamento de segurança para utilizar na proteção do cidadão.

Lembrando que fazemos um trabalho de prevenção e de auxílio à área de segurança da cidade”, comenta o gerente da Defesa Social, Paulo Mantovani.

A Taser é utilizada no Brasil desde 2007.

Atualmente cerca de 30 municípios contam com o armamento como item de segurança.

Além disso a pistola não letal é utilizada também pela Polícia Federal, Força Nacional de Segurança e Segurança do Senado e Câmara Federal.

A Polícia Militar do Paraná acaba de adquirir 150 armas.

Para o secretário nacional de Segurança Pública substituto, capitão Alexandre Aragon, o uso do armamento não letal atende à convenção das Nações Unidas, de 1990.

“Tivemos uma orientação no sentido de diminuir o risco para a população em ações policiais.

O Brasil é signatário desse tratado da ONU desde 1992, e agora há um incremento nesse tipo de ações por parte do Ministério da Justiça”, defendeu Aragon, durante o Fórum Social Mundial, realizado no mês de janeiro em Belém.

O equipamento recebeu aprovação também do coronel do Corpo de Bombeiros, tenente Jurandi André e do capitão Ademir Paschoal, da Polícia Militar, que estiveram presente na demonstração.

“Sem dúvida é um excelente equipamento que garantirá mais segurança à população de Maringá.

Pela demonstração vimos a eficácia do armamento, que paralisa o indivíduo dando tempo de ação para quem utiliza”, comenta o coronel do CB.

Para o capitão Paschoal, a arma não letal seria bem empregada em Maringá.

“Vivemos situações diárias em que precisamos utilizar a força física com pessoas que se descontrolam, resistindo as nossas ordens de comando.

A Taser está abaixo da arma de fogo e garantiria a ação do agente de segurança sem comprometer a vida do cidadão”.

Durante a demonstração vários voluntários receberam a descarga elétrica que, segundo o representante da empresa, a arma não é letal inclusive para portadores de marcapasso.

O patrulheiro da Guarda Municipal, David José da Costa, foi um dos voluntários e garantiu que após o disparo não houve nenhuma reação.

“É como levar um choque e ficar completamente paralisado por alguns segundos, e depois voltar tudo ao normal. Confesso que jamais reagiria a um policial que utiliza esse armamento”.
PMM