Intensificação de vacina contra febre amarela prossegue até sexta (25)

A Secretaria da Saúde de Maringá encerra nesta sexta-feira (25), o período de intensificação da vacinação contra a febre amarela, determinada pela secretaria estadual depois do registro de dois casos recentes na região Central do Paraná. Todas as Unidades Básicas de Saúde estão mobilizadas, inclusive com equipes percorrendo as propriedades rurais do município.

A meta, explica a coordenadora de Controle de Imunobiológicos da Secretaria da Saúde, Edlene Loureiro Aceti Goes, é imunizar toda comunidade, especialmente os bebês entre seis e nove meses. O período de intensificação começou no dia 7 de abril, e na avaliação de Edlene a procura ficou dentro do normal. “Principalmente porque em janeiro tivemos uma demanda muito grande pelo alarme da doença em todo País”, lembra.

Ela alerta que apenas as pessoas não imunizadas nos últimos 10 anos precisam tomar a dose. “Basta procurar um posto de saúde próximo de casa ou do trabalho”, esclarece. Quem tomou a vacina nos últimos nove anos não precisa de nova dose, pois existe risco de reação. Outra dica importante é o usuário guardar o cartão de vacinação para comprovar estar imunizado, especialmente quando viaja para áreas de risco.

Risco moderado

A confirmação de dois casos autóctones de febre amarela na região Central do Paraná, inclusive com uma morte, levou o Governo a classificar o Estado em três regiões de risco diferentes. Os municípios próximos a Guarapuava, Irati, União da Vitória, Pato Branco, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Cascavel, Campo Mourão, Toledo e Ivaiporã apresentam risco de transmissão e a intensificação da campanha já foi realizada.

Nas regiões de Maringá, Umuarama, Cianorte, Paranavaí, Apucarana e Londrina, o risco de transmissão é considerado moderado e a orientação é vacinar a população até esta sexta-feira (25). Nas demais regiões, a área é considerada de monitoramento de risco, e não será adotada uma intensificação da vacinação de imediato.

Para a área dois, que inclui Maringá, a meta é vacinar 100% da população acima de seis anos que não tenha recebido a dose nos últimos 10 anos. Na zona rural, o município colocou veículos e equipes à disposição para imunizar os moradores. Mesmo depois deste período de intensificação, explica Edlene, os postos irão oferecer a vacina contra a febre amarela.

Outro alerta é para as pessoas que viajam para as áreas de risco dentro do país, que precisam tomar a vacina pelo menos 10 dias antes da viagem. São consideradas áreas de risco atualmente as regiões Norte e Centro-Oeste, todos os municípios do Maranhão e de Minas Gerais, municípios localizados ao sul do Piauí, oeste e sul da Bahia, norte do Espírito Santo, noroeste de São Paulo, oeste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, além das áreas já citadas do Paraná.

Veja as orientações gerais da Secretaria da Saúde:

Tomar a vacina contra febre amarela 10 dias antes da viagem para áreas de risco.

A mesma orientação vale para pessoas que fazem visita às áreas de mata e reservas naturais e trabalhadores rurais que residente em zonas urbanas.

População indígena mesmo residente em cidades deve ser vacinada.

Guardar e em caso de viagem levar o cartão de vacinação para evitar uma dose antes do tempo recomendado.

Contra-indicações da vacina:

Gestação em qualquer fase constitui contra-indicação relativa, devendo ser avaliado o risco para cada caso.

História de reação anafilática relacionada a ovo de galinha e seus derivados ou a outras substâncias presentes na vacina.

Comprometimento do sistema imunológico por doença (neoplasia, AIDS, ou infecção pelo HIV, transplantados, doenças auto-imunes), ou pelo uso de drogas imunossupressoras, imunoterapia e radioterapia.

Crianças abaixo de 6 meses.

Pessoas com febres agudas.