EXPOINGÁ

Um emprego na Expoingá

De família humilde, a estudante Luana da Silva Ribeiro, 16 anos, atravessa aquela fase difícil na vida da maioria dos jovens: a busca pelo primeiro emprego. Ela quer trabalhar para ajudar a mãe nas despesas da casa, mas o máximo que tem conseguido são recusas de emprego por falta de experiência. Para o futuro, Luana sonha ser médica veterinária; para o presente quer apenas uma oportunidade, talvez como atendente em alguma loja da cidade.

Para muitas outras Luanas espalhadas por Maringá, a primeira oportunidade profissional pode vir em forma de emprego temporário, mais comuns em determinadas épocas do ano, como o Natal, as férias de janeiro, o Dia das Mães e, por que não, a Expoingá. A Feira Agropecuária de Maringá será realizada, este ano, de oito a 18 de maio e, por causa da expectativa de bons negócios, organizadores estimam que serão gerados cinco mil empregos diretos e indiretos, antes e durante o evento.

Em vista do bom momento vivido pelo agronegócio local, dirigentes da Sociedade Rural de Maringá apostam que a Expoingá 2008 será uma das mais melhores da história, se não a melhor. Em um discurso carregado de otimismo, o vice-presidente da entidade, Hélio Costa Curta, afirma que não será difícil chegar a esse número de postos temporários de trabalho.

“A preparação do Parque de Exposições, a montagem dos estandes, a limpeza do local, toda a demanda por mão-de-obra nos permite prever esse número”, argumenta Costa Curta.

No caso dos empregos diretos (que correspondem às vagas abertas pela organização da Feira), a contratação se dará por meio de uma empresa de recrutamento profissional, que ainda não foi definida.

No ano passado, quem fez a seleção dos contratados foi a Líder Recursos Humanos, parceira da SRM desde 2002. Por meio da empresa, também foram recrutados trabalhadores para prover a demanda de parte dos expositores presentes na Feira (eis o emprego indireto) - cenário que pode se repetir esse ano.

De acordo com a empresa de RH, grande parte dos empregos diretos são para funções como limpeza, fiscal de catraca, bilheteiro e carregadores de equipamentos no auxílio aos expositores. A remuneração, no ano passado, ficou entre R$ 100 e R$ 500, variando de acordo com a função desempenhada e horas extras.

Segundo a Líder RH, não é cobrado um nível mínimo de escolaridade; porém, para a bilheteria, a exemplo dos anos anteriores, a opção deve ser por profissionais que saibam lidar com dinheiro, como caixas de supermercado.

Fila

Nesta terça-feira (1) à tarde, na Agência do Trabalhador, pessoas que “batiam ponto” em busca de um emprego ficaram animadas ao serem informadas, por O Diário, sobre os postos de trabalho que serão oferecidos na Expoingá. “O emprego provisório pode abrir oportunidade para um bom serviço depois”, disse Roberto Ribeiro da Fonseca, 40 anos, desempregado há três meses.

Luana estava por lá também, acompanhada de sua mãe, Hermínia Maria da Silva, 39 anos. Empregada como camareira em um grande hotel, Hermínia garante que vai disputar uma das vagas de trabalho na Expoingá para complementar a renda familiar. Talvez seja a sonhada oportunidade do primeiro emprego para Luana e para tantos outros jovens sem experiência profissional.

ACIM