CIDADE

CRAS explica função do atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade social

Política pública sem desenvolver unicamente o assistencialismo. Esta e outras explicações foram sanadas nesta ontem, quinta-feira, para os profissionais que representam o Centro de Referencia da Assistência Social (CRAS) – Ney Braga.

Além dos chefes de cada núcleo do Centro, também marcaram presença líderes de bairros e região, bem como representantes de entidades assistenciais. O foco foi desdobrar a finalidade do órgão, divulgar localidades de atuação e abrangência, além de explanar os serviços realizados nas sedes de cada unidade. Promover a proteção aos indivíduos, famílias ou grupos em situação de risco social e pessoal, transformando-os em cidadãos, são os objetivos da Secretaria da Assistência Social e Cidadania (Sasc).

As demandas são heterogêneas, por isso o que importa é a entrevista efetivada aos cadastrados. Na cidade, cerca de 2,7 mil famílias são assistidas pelo CRAS do Ney Braga. Em Maringá, são aproximadamente 22 mil cadastrados nas regiões Central, Itaipu, Ney Braga, Requião e Santa Felicidade, atendendo diferentes núcleos geográficos. Pessoas sem garantia de proteção básica e especial são atendidas pelas unidades. A função inclui a busca por solucionar necessidades básicas, fortalecendo o indivíduo como cidadão, elevando o potencial para enfrentar a problemática da vulnerabilidade social.

Para tanto, há um trabalho multiprofissional aplicado nos vários núcleos. No Ney Braga, por exemplo, oito profissionais estão à disposição de populares, como estagiários, psicólogo, assistente social e auxiliar de serviços gerais e administrativo, este último responsável pela coleta de dados e cadastramento. O psicólogo, Juliano Correia da Silva, explica que o CRAS não oferece terapia, nem atendimento clínico. O trabalho é coletivo. “Existe a perspectiva de promover o direito do cidadão, conscientizando-o também de seus deveres”, enfatiza.

Este ano, os núcleos estão ganhando uma parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM), além das equipes sociais, escolas profissionalizantes, trabalhos, grupos sócio-educativos e Organizações-Não Governamental (ONGs). O motivo é emancipar o beneficiário nos seguintes serviços: atendimento individual, sócio-educacional, em grupo, visitas, encaminhamento a outros serviços.

A assistente social, Viviane Regina Franco Soares, salienta que o CRAS encaminha os cadastrados para outros setores da rede pública, de acordo com as necessidades. “Todos os casos são encaminhados a outros serviços de redes especializadas”, explica. A psicóloga comenta que o resultado dos atendidos em grupo é positivo. “Muitos alegam que não conheciam o serviço do CRAS”, frisa. A média de atendimentos é de aproximadamente 500 casos. O CRAS atende entre 8 e 12 horas e das 13 às 17 horas.

Critérios e benefícios

Para se cadastrar é necessário: comprovante de residência; documentos pessoais dos membros da família; ter renda per capita de meio salário mínimo. O CRAS providencia cestas básicas; vale transporte urbano; documentos (1ª via de RG, 1ª e 2ª via de CPF, 2ª via de certidões de nascimento, casamento ou de óbito); fotos 3x4 e benefícios eventuais (a partir da análise da entrevista). É importante lembrar que estas ações são gratuitas.