MEIO AMBIENTE

Cesumar pesquisa planta para produção de biodiesel

O Cesumar iniciou na metade do ano passado, com coordenação do professor Pérsio Sandir, do curso de Agronomia, uma pesquisa para testar o desenvolvimento do pinhão manso no Paraná e o potencial da planta para a produção de biodiesel. Colocado entre as oleaginosas capazes de oferecer o combustível, o pinhão manso é uma planta rústica que pode chegar aos 80 anos de vida o que seria uma grande vantagem em relação a mamona, por exemplo, que exige replantio a cada dois anos.

Segundo Sandir, o objetivo da pesquisa, a princípio, é ver de que forma a planta reage a condições rústicas de existência e a condições de adubação. Os primeiros resultados dos plantios realizados no Cesumar - 500 pés na Fazenda Experimental e 60 no viveiro da instituição – mostram, de acordo com Sandir, que a planta não é tão rústica quanto se pensava. “Constatamos que a planta reage bem à adubação hidrogenada e também está sujeita a ataques de pragas e doenças como ácaro e oídio”, explica o pesquisador, ao afirmar que o estudo derruba o mito de que o espécime é altamente resistente.

“Estamos fazendo essa pesquisa porque o pinhão manso começou a ser propagado pelo país, mas não existem ainda recomendações agronômicas para ele. Pretendemos daqui um tempo divulgar essas recomendações, além de vir a testar futuramente qual a produtividade do óleo em nossa região”, acrescentou o professor.

A informação de Pérsio é respaldada em opiniões como a do pesquisador da Embrapa Marcos Drumond, de que as pesquisas com a planta ainda são bem recentes e por isso é preciso ser prudente e buscar as informações técnicas já disponíveis para que não se venha montar sistemas de produção insustentáveis.

O professor Pérsio acredita que o pinhão manso poderá ser mais uma boa opção nas propriedades rurais da região. As pesquisas do Cesumar vão prosseguir para ver o desenvolvimento e a produtividade da planta a longo dos anos. A partir de setembro será possível a colheita das primeiras sementes e os pesquisadores da instituição vão poder analisar o rendimento na extração do óleo após o primeiro ano de cultivo. A produção comercial, no entanto, só deve ocorrer a partir do terceiro ano.