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Para evitar superpopulação, saguis são esterilizados em Maringá

Espécie não é nativa da região e se reproduz rapidamente.

Para evitar superpopulação, saguis são esterilizados em Maringá
Os animais são capturados na mata e levados ao consultório veterinário da cidade para a realização da vasectomia nos machos e laqueadura nas fêmeas. - Foto: Alf Ribeiro/Shutterstock.com

É comum andar pelas ruas de Maringá e se deparar com saguis passeando pela cidade, até mesmo em regiões afastadas do Parque do Ingá. O animal, da família dos macacos, se reproduz com facilidade e a superpopulação da espécie pode causar desequilíbrio na biodiversidade das áreas verdes do município.

“[Os saguis] se adaptaram muito bem à região, praticamente não têm predadores naturais, e, aliado à alimentação inadequada fornecida pela população em quantidades que não são ideais, a população [da espécie] foi crescendo ao longo dos anos e agora a gente se encontra nesta situação”, explicou Matheus Buzo, diretor de biodiversidade do Instituto Ambiental de Maringá (IAM), em entrevista ao Bom Dia Paraná, da RPC.

Para controlar o equilíbrio entre as espécies de animais presentes nas áreas de preservação de Maringá, como é o caso do Parque do Ingá, os saguis estão sendo esterilizados, com vasectomia nos machos e laqueadura nas fêmeas. Os animais são capturados na mata e levados ao consultório veterinário da cidade para a realização da cirurgia. Depois, são devolvidos no mesmo local da captura, para que possam reencontrar os bandos do qual fazem parte.

“É um controle que ajuda a própria espécie e, principalmente, a biodiversidade nativa da nossa região”, afirma Matheus.

O menor macaco do planeta

Os saguis são animais pequenos, com peso que pode chegar a 400 gramas, e são nativos da região da mata atlântica e caatinga brasileira, especialmente nos estados do nordeste do país.

A alimentação da espécie é composta, principalmente, de sementes, flores, frutas, pequenos lagartos e ovos de aves, o que ameaça a população de outros bichos presentes nas áreas de preservação de Maringá.

Com uma velocidade de reprodução acelerada, as fêmeas da espécie têm um período de gestação de 140 a 160 dias e nascem dois filhotes por vez. No Parque do Ingá, são 500 animais, divididos em 10 bandos, que podem ganhar até 200 filhotes por ano.

Maringa.Com