SAÚDE

Primeiras doses da vacina contra Monkeypox chegam ao Paraná; saiba qual é o público-alvo

Primeiro lote, com 981 doses, foi enviado pelo Ministério da Saúde nesta terça (14).

Primeiras doses da vacina contra Monkeypox chegam ao Paraná; saiba qual é o público-alvo
A vacinação acontecerá em duas etapas, com aplicação da primeira e segunda dose dentro de um intervalo de quatro semanas. - Foto: Ari Dias/AEN

O Governo do Paraná recebeu nesta terça-feira (14), do Ministério da Saúde, o primeiro lote de vacinas Jynneos, destinado à imunização contra Mpox. Foram enviadas 981 doses ao Estado. O público-alvo elencado pelo governo federal envolve pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA): homens cisgêneros (que se identificam como homens), travestis e mulheres transexuais que tenham idade igual ou superior a 18 anos e status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.

Também estão no público-alvo profissionais que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.

Conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o imunizante também estará disponível nas unidades de saúde para pessoas que tiveram contato direto com fluídos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco.

“Estamos dando início ao processo de vacinação contra a Mpox, a partir deste lote enviado pelo Ministério da Saúde. É um passo importante, sobretudo para a população mais afligida por esta doença. Neste momento, a Secretaria da Saúde trabalha para maximizar a cobertura vacinal do público-alvo”, avaliou o secretário César Neves.

A vacinação acontecerá em duas etapas, com aplicação da primeira e segunda dose dentro de um intervalo de quatro semanas. “Como iremos realizar a aplicação da segunda dose, a quantidade enviada pelo Ministério representa cerca de 50% do número de pessoas que se enquadram no público-alvo no Paraná. É importante que os públicos elencados compareçam ao local de vacinação, para garantir maior proteção contra esta doença”, afirmou.

Contraindicações – De acordo com o Ministério, o uso do imunizante é contraindicado para pessoas que apresentem ou possuam histórico de reação alérgica grave após a aplicação de uma dose prévia. Também não é recomendada a administração simultânea deste imunizante com outras vacinas, devendo haver um período de 30 dias para sua administração.

Além disso, o Ministério destaca a necessidade de supervisão no momento da aplicação da vacina em pessoas que tenham histórico de reação alérgica grave após o uso de gentamicina, ciprofloxacino ou proteína do ovo de galinhas.

A vacinação é considerada segura para gestantes e lactantes. Pessoas que apresentem quadros febris leves como resfriados também poderão ser vacinadas. Já em casos de doenças febris agudas, é necessário aguardar a recuperação dos sintomas antes da vacinação.

Doença – A Mpox é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas. A infecção causa erupções, que geralmente se desenvolvem pelo rosto e, depois, se espalham para outras partes do corpo.

Os principais sintomas envolvem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga. Ao todo, o Estado soma 301 casos positivos da doença, sendo 286 confirmações no público masculino e 15 resultados positivos em mulheres.

Agência Estadual de Notícias
Por Vanessa Santa Rosa