GREVE

Greve dos motoristas segue suspensa em Maringá

Tribunal Regional do Trabalho (TRT) quanto o Tribunal de Contas do Estado (TCE) ainda não se manifestaram sobre o passivo da categoria

Greve dos motoristas segue suspensa em Maringá
A categoria reivindica a reposição da inflação na data-base e a manutenção de direitos, como o vale-alimentação e o pagamento da participação nos lucros e/ou resultados (PLR). - Foto: Divulgação

O Sindicato dos Motoristas Rodoviários de Maringá (Sinttromar) decidiu prorrogar, agora por tempo indeterminado, a suspensão greve dos funcionários das empresas TCCC (transporte urbano) e Cidade Verde (metropolitano). O estado de greve, porém, segue mantido.

A suspensão inicial da greve, pelo período de oito dias, terminou nesta terça (29). A decisão pela prorrogação ocorre porque tanto o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) quanto o Tribunal de Contas do Estado (TCE) ainda não se manifestaram sobre o passivo da categoria, que cobra a reposição da inflação referente à data-base a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), com a manutenção de direitos.

Uma decisão da Justiça para o dissídio coletivo era esperada até sexta-feira (25), expectativa que não se confirmou. Cabe ao TRT da 9ª Região a decisão sobre o dissídio, já que não houve acordo entre o Sinttromar e as concessionárias na audiência de conciliação realizada em 18 de setembro.

O caso do TCE, por sua vez, envolve uma consulta feita pela Prefeitura de Maringá. O município pede esclarecimentos sobre a possibilidade de algum tipo de aporte em socorro ao transporte coletivo. Esse assunto foi discutido, também no dia 18, em reunião entre o Sinttromar e o prefeito Ulisses Maia.

Para o dirigente sindical Emerson Viana Silva, com a prorrogação da suspensão da greve, o Sinttromar dá mais uma demonstração ao Judiciário de seu interesse em resolver, por meio do diálogo, o passível criado pelas empresas. "Sem conseguir os recursos que queriam da Prefeitura, as empresas não têm medido esforços para tirar dos trabalhadores parte do prejuízo que elas tiveram na pandemia", comenta Emerson Viana.

A categoria reivindica a reposição da inflação na data-base – de 2,47% no acumulado de 12 meses, pelo INPC – e a manutenção de direitos, como o vale-alimentação e o pagamento da participação nos lucros e/ou resultados (PLR). A perda dos benefícios significaria menos comida na mesa das famílias dos funcionários da TCCC e Cidade Verde. 

Assessoria de imprensa