Ministério Público pede remoção de vídeo em que prefeito Silvio Barros aparece algemado
Conteúdo, publicado após episódio de vandalismo em escola de Maringá, foi considerado pelo MP-PR como violação do direito das crianças, além de propagar desinformação.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) solicitou a remoção de um vídeo publicado nas redes sociais em que o prefeito de Maringá, Silvio Barros (PP), aparece algemado após o episódio de vandalismo ocorrido em julho deste ano na Escola Municipal Angela Vergínia Borin, no Conjunto Requião.
De acordo com a decisão, publicada nesta terça-feira (14), o vídeo “propaga desinformação e viola direitos de crianças e adolescentes”, além de possuir uma “finalidade sensacionalista e tentativa de autopromoção” ao mostrar o prefeito e outros servidores públicos algemados.
Na gravação, Barros diz que “não acontece nada” com os vândalos que depredaram a escola. Os responsáveis pelos danos foram dois adolescentes e uma criança, que estudava na unidade escolar.
Segundo o MP, a fala não condiz com a realidade, já que a conduta dos jovens está sendo analisada pela Promotoria de Justiça e há medidas socioeducativas e protetivas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Além disso, a ação civil também afirma que o conteúdo “incita a opinião pública de forma irresponsável e ilegal”, além de expor a criança e os jovens a situações vexatórias e perseguição. Um deles chegou a trocar de endereço por questões de segurança.
A equipe do prefeito afirmou que, mesmo sem ter sido notificado oficialmente, Silvio Barros optou por excluir o conteúdo de suas redes sociais.