PROTESTO

Donos de bares fazem carreata para protestar em Maringá

Os organizadores informaram que mais de 300 comerciantes participaram da manifestação

Donos de bares fazem carreata para protestar em Maringá
A carreata percorreu as principais avenidas do centro da cidade e passou em frente à prefeitura.  - Foto: Luciana Peña/CBN Maringá

Em Maringá, empresários fazem carreata para protestar e pedir reabertura de bares. Os organizadores informaram que mais de 300 comerciantes participaram da manifestação. São donos de bares, lanchonetes, restaurantes e empresários do setor de eventos. 

Os bares ficaram fechados por 53 dias no início da pandemia. Retornaram as atividades, mas depois de pouco mais de 20 dias fecharam novamente e entraram nesta quinta-feira, no 15º dia de quarentena, com mais duas semanas pela frente. 

Dono de um bar tradicional no Jardim Alvorada, o comerciante Narcisio Dias, tem medo de ser obrigado a fechar as portas definitivamente. 

“Eu tenho bar há 25 anos […], eu tenho três funcionários. Pago R$ 5 mil de aluguel e, hoje, para falar que não tive um desconto do aluguel, tiver R$ 1.250 do dia 20 de março para cá. A situação é difícil. É que eu tinha uma reservinha, senão eu já tinha fechado”, disse o comerciante.

A carreata percorreu as principais avenidas do centro da cidade e passou em frente à prefeitura. 

Nas ruas, populares acompanhavam curiosos. A reportagem conversou com algumas pessoas. Ninguém quis gravar, mas as opiniões se dividem. Há uma certeza porém: que tempos! Quem diria meses atrás que empresários sairiam às ruas suplicando para trabalhar. 

Os empresários alegam que podem abrir os bares sem ameaça à saude pública e sugerem até rodízio de empresas. O dono de bar José Bacarim não entende por que  outras atividades podem funcionar. O objetivo da carreta é convencer a administração disso. 

“Embora nós tenhamos ficado fechados mais de 21 dias, os casos só vem aumentando e as mortes continuam. Então, quer dizer, não são os bares que são os culpados, nem restaurante, nem pizzaria, nada, é todo mundo. Qual é nossa indignação? É travar apenas um segmento, teria que ser igual para todo mundo ou que faça um rodízio de empresas para que a gente também possa sobreviver no mercado”, explicou Bacarin.

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