Campanhas e blitze educativas reduzem acidentes graves no carnaval

A Secretaria Municipal dos Transportes (Setran) considera satisfatório o resultado das ações desenvolvidas no período de carnaval deste ano com a finalidade de conter excessos por parte dos condutores de veículos no trânsito maringaense.

A exemplo do ano passado, não houve registro de óbito nos 32 acidentes com vítima ocorridos nas vias urbanas de Maringá entre a noite de sexta-feira - dia 24 de fevereiro - e a madrugada de quarta-feira de cinzas, dia 1º de março.

Desse total, 25 acidentes tiveram o envolvimento de motos e três pessoas foram atropeladas - todas fora da faixa de pedestres.

Na maioria dos casos houve apenas danos materiais nos veículos e ferimentos leves nas vítimas.

Em 2005 a Setran registrou 24 acidentes e nenhuma morte no trânsito.

Em 2004 ocorreram quatro acidentes a menos, mas com uma vítima fatal.

Para o diretor de Trânsito do município, Luis Miura, embora o número de acidentes tenha crescido proporcionalmente ao aumento da frota de carros, a gravidade dos acidentes foi menor neste ano.

"O número reduzido de óbitos está deixando de ser uma tendência para se tornar uma constante, com índice estável na cidade", comemora.

Segundo Miura, dessa conquista a população não deve abrir mão, ou seja, "exigir ações práticas do poder público mas, ao mesmo tempo, compreendê-las e colaborar com elas", completa.

AÇÕES EDUCATIVAS: durante as cinco noites do carnaval deste ano uma média diária de 10 agentes e oito voluntários da Setran totalizaram 41 horas no trabalho de orientação do tráfego nas proximidades das vias que foram interditadas para a realização do Carnaval nos Bairros "Samba na Praça".

Em todas as tardes foram desenvolvidas blitze educativas em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde para a distribuição de folhetos e alertar os condutores para a segurança no trânsito e o uso de preservativos.

As medidas da Setran foram intensificadas nas imediações e principais vias de acesso aos clubes sociais da cidade com a finalidade de atingir o maior número possível de condutores para a obediência às regras ao volante, respeito às faixas de pedestre, ao controle da velocidade e do uso de bebidas alcoólicas.

"Nossa preocupação maior foi no sentido de que ninguém pudesse correr riscos no trânsito e isso, graças à compreensão da comunidade, aconteceu", destaca o secretário dos Transportes, Valdir Pignata.

Também durante o período carnavalesco houve funcionamento normal dos equipamentos do Projeto Salva-Vidas no Trânsito.

São seis equipamentos eletrônicos que operam em sistema de rodízio para controle de velocidade em 40 pontos críticos do trânsito maringaense.

Os abusos praticados são punidos de acordo com os incisos do artigo 218 do Código de Trânsito Brasileiro.

A multa prevista para esses casos vai de R$ 127,69 mais a perda de cinco pontos na carteira para o motorista que atingir 20% da velocidade máxima permitida para o local (infração grave), até R$ 574,56 mais a perda de sete pontos na CNH ou a suspensão do direito de dirigir para velocidade superior a 50% da máxima permitida (infração gravíssima).

ESTADO E REGIÃO: diferente dos números apresentados em Maringá, o carnaval de 2006 mostrou um elevado número de acidentes nas rodovias do Paraná.

Nas estradas estaduais e federais aconteceram 331 acidentes, com 331 feridos e 17 mortos.

Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), só nas rodovias estaduais foram 244 acidentes.

No litoral, foram 36 acidentes, com 25 feridos e duas mortes.

Os atropelamentos lideraram as ocorrências.

Nas estradas federais, foram 87 acidentes, com 74 feridos e três mortos.

Os números são menores do que os de 2005, quando houve 145 acidentes, com 110 feridos e sete mortos.

Na região de Maringá, a 4ª Companhia da Polícia Militar contabilizou 60 pessoas feridas e uma morte em 43 acidentes registrados.

No ano passado foram registrados 42 acidentes, sem vítimas fatais, nas estradas da região.

Mais informações: 3901-1717 (Secretaria dos Transportes)