GERAL

Aumento da criminalidade é considerado "normal" por autoridades

O delegado chefe da 9ª Subdivisão Policial de Maringá, Marcolino Aparecido da Costa, e o comandante interino do 4º Batalhão da Polícia Militar, major Adilson Castilho Casitas, tem posições semelhantes em relação à questão da criminalidade e a um balanço do que aconteceu na cidade em 2005.

Ambos não vêem anormalidade no crescimento da violência e apontam que o fenômeno é nacional.

"Não é nada exorbitante, nada que tenha fugido do controle.

É uma tendência natural decorrente do aumento dos problemas sociais e da população", considera Casitas.

Ele reconhece que aumentaram as ocorrências de diversas ilicitudes, mas aponta que o trabalho da Polícia Militar tem sido desenvolvido a contento.

"Não é ineficiência da Polícia Militar.

Apesar do aumento, Maringá e toda região andam num nível tranqüilo", avalia.

Para o delegado chefe da Polícia Civil de Maringá, o aumento da criminalidade tem relação direta com o emprego e a renda da população.

"Aumentou a população de Maringá e das cidades próximas como Sarandi e Paiçandu, cresceram os problemas sociais e tivemos uma falta de absorção da mão de obra primária", diz.

Marcolino da Costa se diz surpreendido com a rebelião no cadeião da 9ª SDP ocorrida às vésperas do Natal, pois segundo ele, o tratamento dispensado aos presos melhorou durante o ano.

"Não esperávamos em razão do tratamento dispensado aos detentos com a implantação da nova cozinha e da aquisição de 36 exaustores para melhorar a ventilação das celas", diz.

No entanto, o delegado chefe não esconde os problemas com a superlotação, que pode ter sido a principal causa da rebelião.

Onde deveriam estar quatro detentos estão dez e até onze presos.

No total, o cadeião abriga 400 presos, mas tem capacidade para 160.

A expectativa é que o problema seja resolvido em 2006 com a construção de um presídio para abrigar presos em regime provisório.

Na Polícia Militar, o major Adilson Castilho Casitas ressalta que existe uma expectativa para o encaminhamento de mais policiais para o 4º BPM.

"Estamos pleiteando em torno de 100 a 120 policiais, mas não sabemos se seremos atendidos.

Com um incremento no efetivo ficaríamos com um nível bastante satisfatório de policiais", avalia.