PREVENÇÃO

Campanha Carnaval sem Dengue e sem Aids é lançada nesta sexta-feira (28).

Campanha Carnaval sem Dengue e sem Aids é lançada nesta sexta-feira (28).
Campanha será levada aos bailes populares e dos clubes.

Aconteceu nesta sexta-feira (28), a abertura da campanha Carnaval sem Dengue e sem Aids, que será levada aos bailes de carnaval promovidos pela Prefeitura e nos clubes sociais, casas noturnas e locais de concentração popular. A campanha realizada pelas secretarias de Saúde e Cultura mobiliza Agentes de Saúde das Unidades Básicas das regiões onde serão realizados os bailes, e pessoal do Ambulatório DST/Aids e da Secretaria de Cultura.

A mensagem desta campanha, lembra o secretário Antônio Carlos Nardi, é dirigida a toda comunidade. “A campanha será levada aos bailes de carnaval, mas a mobilização é para todos, especialmente contra o mosquito da dengue”, afirma. Junto com o Comitê Municipal de Combate à Dengue, secretarias municipais e demais setores da Saúde, estão sendo realizadas ações em várias frentes.

Nardi chama atenção dos moradores dos bairros mais críticos. Até esta sexta-feira (28), a Secretaria de Saúde contabilizou 387 casos confirmados com 1.542 notificados. A região com mais casos continua sendo a Guaiapó/Requião, com 207 confirmados, seguido do Jardim Alvorada com 21 casos, o Jardim Paulista com 17, Morangueira com 13, Liberdade e Paris com oito casos e a Zona 7 com cinco casos confirmados. “Não significa que nas demais regiões as pessoas não devem estar mobilizadas contra a água parada”, cobra o secretário.

Na região dos conjuntos Requião e Guaiapó, onde se concentram os casos confirmados, observa Nardi, foram unidas forças através das secretarias e do Comitê e a situação já é de controle. A Vigilância Ambiental está intensificando o trabalho junto às empresas que apresentam risco de focos, especialmente ferros velhos, recicladores e borracharias, que devem cumprir a Resolução 0029/2011, que torna obrigatória a elaboração de um Plano de Gerenciamento para Prevenção e Controle da Dengue (PGPCD).

O prefeito Roberto Pupin parabenizou o trabalho realizado pelas equipes de Agentes Ambientais e os membros do Comitê da Dengue, e reforçou o pedido para a comunidade participar. “Maringá tem sido referência no envolvimento da sociedade no combate ao mosquito da dengue, mas ainda precisamos da mobilização de todos porque um mosquito não pode ser maior que uma população”, afirmou.

Pupin lembrou que a situação de Maringá, diante das condições de clima e de outros municípios, ainda é de controle, mas pode mudar rapidamente. “Precisamos todos juntos eliminando água parada em tudo que é lugar”. Os focos do mosquito, observou o prefeito, estão nos quintais, sacadas e dentro das residências, e podem ser evitados se todos adotarem o hábito de evitar água parada. A maioria dos focos do mosquito são localizados em lixo deixado a céu aberto, pratos de vasos, calhas, pneus, tinas e tanques.

A secretária de Cultura, Olga Agulhon, convidou a comunidade a prestigiar os bailes de carnaval nos bairros e nos distritos de Floriano e Iguatemi. “São bailes para as famílias, organizados para a população com muita animação e segurança, e é preciso mesmo envolver as pessoas nessa luta contra a dengue e a aids”, afirmou.

PREVENÇÃO

Na prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e a Aids, a Secretaria de Saúde segue a campanha do Ministério da Saúde, com o tema “Se tem festa, festaço ou festinha, tem que ter camisinha”, dirigida à população em geral na faixa de 15 a 59 anos. A mobilização pretende alertar para a prevenção nos momentos de divertimento, através da distribuição de preservativos e material informativo. “A intenção é mostrar que a prevenção deve ser feita durante todo o ano, e não apenas no carnaval”, diz o secretário.

A campanha deste ano reafirma ainda a necessidade de trabalhar com todos os grupos da sociedade, independente de faixa etária ou gênero, ou seja, o alvo é população brasileira sexualmente ativa. Além de chamar a atenção para o uso do preservativo, a campanha alerta sobre a importância da testagem. O diagnóstico precoce da aids permite ao portador iniciar o tratamento mais cedo, garantindo maior qualidade de vida ao paciente, interrompendo a cadeia de transmissão do vírus. Em Maringá a testagem anônima e de graça é oferecida no Ambulatório DST/Aids, que atende anexo à Policlínica Zona Sul, no Jardim Tabaetê.

A epidemia de aids no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20 casos de aids a cada 100 mil habitantes, o que representa cerca de 39 mil casos novos da doença ao ano. Estimativas indicam que, atualmente, cerca de 718 mil pessoas vivam com HIV, sendo que 150 mil desconhecem sua situação. O não conhecimento da sorologia é hoje um dos desafios a serem enfrentados no combate à doença no país. Atualmente, estão em tratamento com medicamentos antirretrovirais, ofertados pelo SUS, cerca de 340 mil pessoas.