INTERNET

Computador chega a 36% das casas no Brasil, diz pesquisa

O computador doméstico nunca chegou a tantos domicílios brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pelo CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil): 36% das casas do país mantiveram ao menos uma máquina em suas dependências em 2009.

Isso significa um aumento de 30% em relação a 2008, ano em que apenas 28% tinham computador em casas no perímetro urbano.

O mesmo aumento foi visto com relação ao uso da web nas casas brasileiras: de 20% em 2008 para 27% dos domicílios no ano seguinte, o que representa um aumento de 35% no período.

Mesmo com o crescimento significativo em ambos os segmentos, os números indicam que o abismo na relação entre computadores e internet em residências aumentou nove pontos percentuais.

Isso ocorre devido ao "valor ainda elevado do custo de conexão à rede", segundo a pesquisa. Em abril, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) informou que o Brasil paga dez vezes mais por acesso à conexão banda larga do que países desenvolvidos.

Segundo os dados, a posse de computador dos brasileiros cresceu 21% entre 2005 e 2009, enquanto o acesso à internet em domicílios se ampliou 20% nos últimos cinco anos.

Em números absolutos, isso significa que são 4 milhões de computadores na área urbana sem acesso à internet em 2009 --em 2005, o número ficava na casa dos 2 milhões, informa a pesquisa.

Quando se contabiliza as áreas rurais, o total de domicílios com computador sem internet chega a 5 milhões.

Apenas os notebooks cresceram 70% entre o período.

Entretanto, locais nos quais há tanto computador portátil quanto de mesa corresponderam a apenas 3% das casas brasileiras no ano passado.

A coleta dos dados ocorreu entre setembro e outubro de 2009, em todo o país (inclusive áreas rurais).

O CGI.br entrevistou indivíduos de 19.998 residências, e usa os critérios conceituais do Censo Demográfico e do PNAD 2008 (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios), ambos produzidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para classificar os dados.
Folha.com