SAÚDE

Cateter desenvolvido no Paraná será incluído na tabela do SUS

A secretária de Estado Lygia Pupatto, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, apresentou nesta segunda-feira (16), em Curitiba ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o primeiro cateter fabricado no Brasil para pacientes com câncer atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro recebeu com empolgação o produto, que já beneficia pacientes que precisam de quimioterapia no Paraná. Foi acertada a criação de um código para incluir o cateter implantável na tabela do SUS. “Isso vai garantir que os pacientes de todo o País tenham acesso a esse procedimento”, afirmou a secretária Lygia.

O cateter totalmente implantável “basic port” foi desenvolvido pelo Instituto de Bioengenharia Erasto Gaertner, com recursos da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Após o encaminhamento do aval da secretária Lygia e do Gilberto Martin ao Ministério, uma equipe técnica criará o código para incluir o cateter no SUS. O custo unitário do cateter é de R$ 207,36, enquanto produtos similares, importados dos Estados Unidos e da Europa, custam entre R$ 750 e R$ 2,250 mil.

Fabricados em titânio e pesando apenas 20 gramas, os cateteres podem ser implantados em adultos e crianças. Trata-se de uma forma de acesso permanente ao sistema vascular, que não utiliza a punção dos vasos sangüíneos periféricos. Com isso, evitam-se complicações, como a flebite e a trombose, decorrentes de constantes infusões de medicamentos no tratamento de pacientes com câncer, proporcionando-lhes mais conforto e com custo extremamente acessível. Com um desenho anatômico em forma de gota, os cateteres exigem incisões menores e podem ficar alojados no corpo humano por até dois anos.

O produto agrega importantes evoluções nas suas características técnicas, como alta qualidade, excelente custo-benefício, maior conforto e segurança para o paciente. É o primeiro resultado do investimento, dando origem ao termo de responsabilidade e garantindo ao Governo do Paraná a aquisição do produto, aprovado pela Anvisa, a preço de custo. Atualmente outros produtos encontram-se em estudo, tais como próteses ortopédicas e fixadores externos.

AEN