SAÚDE

Cuidado, o verão pode destruir a sua pele

O verão exige uma série de cuidados para que a exposição ao sol não faça mal à saúde. O alerta é da Divisão de Vigilância Sanitária de Produtos da Secretaria de Estado da Saúde, que orienta a população para prevenir problemas de pele.

Atitudes simples, como evitar o bronzeamento e usar sempre protetor solar quando praticar atividades ao ar livre, são algumas das precauções que as pessoas devem ter, alerta a farmacêutica Jussara Serrato, chefe da Divisão.

De acordo com ela, a prática de se deitar ao sol deve ser abandonada, pois os danos à pele são cumulativos. O bronzeado adquirido após a exposição ao sol não passa de uma defesa do organismo agredido. Tomar sol com freqüência diminui a capacidade de recuperação das células, propiciando o aparecimento de manchas, lesões de envelhecimento precoce e até câncer. Neste caso, crianças, idosos e pessoas de pele clara, com tatuagens ou cicatrizes recentes, são as que mais sofrem. Além disso, a exposição ao sol pode causar danos aos olhos, ao sistema imunológico e o aparecimento de estrias, devido à destruição das fibras elásticas da pele.

"O ideal é se proteger dessa radiação, usando roupas leves, chapéus, óculos e filtro solar, que deve ser aplicado trinta minutos antes da exposição ao sol e reaplicado a cada duas horas, assim como o protetor labial. É importante ressaltar que, a utilização desses produtos não garante total prevenção e não significa que podemos no expor por mais tempo ao sol", disse a farmacêutica, lembrando também dos perigos do uso de bronzeadores caseiros, que podem causar danos irreparáveis à saúde.

Insolação e desidratação

No verão também são comuns os casos de insolação, porque o sol em excesso pode desidratar e provocar queimaduras graves. Seu primeiro sintoma é o desconforto. A pele fica dolorida e a pessoa pode ter vômitos, perda de apetite, febre e náuseas. Por outro lado, olhos fundos, muita sede, pouca saliva, choro sem lágrimas, pele seca e pouca urina são sinais de desidratação.

Nestes casos é necessário procurar auxílio médico e aumentar a ingestão de água, chás, sucos, água de coco, soro oral, comprado em farmácia ou caseiro, que pode ser preparado adicionando a um copo de água limpa, duas colheres de chá de açúcar e uma colher de chá de sal. Vale lembrar que, o soro caseiro deve ter sabor menos salgado que o das lágrimas.

Proteção

A radiação ultravioleta, com três tipos de raios - UVA, UVB e UVC - é invisível. Ela penetra na pele e tem como período de maior incidência o horário entre 10h e 16 horas. Estes raios estão presentes até mesmo em dias frios e nublados, e a areia da praia, água e o concreto são potentes refletores deles, atingindo as pessoas, mesmo aquelas que estão na sombra ou debaixo do guarda-sol. Daí a importância do uso de filtros solares.

O recomendável é usar produtos para proteção solar com fator (FPS) 15, no mínimo. Fatores maiores que 30 oferecerem proteção mais alta, mas não implicam em grandes ganhos. O filtro com FPS 60, por exemplo, oferece cerca de 40% mais proteção do que o com FPS 30.

"Na compra de protetores solares, que só existem nas formas de creme ou gel, deve-se observar no rótulo o registro na Anvisa e a data de validade, dados que comprovam a segurança e a eficiência dos produtos", afirma Jussara Serrato.

O número de registro para cosméticos, na Anvisa, tem de nove a 13 dígitos e sempre começa com dois. Problemas na qualidade desses produtos ou reações adversas provocadas por eles, como alergias e irritações, devem ser informados às Vigilâncias Sanitárias municipais ou à Ouvidoria da Secretaria de Estado da Saúde, pelos fones (41) 3330-4414, 3330-4415 e 0800-644-4414 (com Agência Estadual de Notícias).