DIA DAS MÃES

Como é passar o dia das mães a 20 mil km de distância

Dia das mães é uma comemoração universal. Comemorado todo 2º domingo do mês maio não só no Brasil, mas também no Japão, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, EUA, Finlândia, Itália, Turquia entre outros países. É a data comemorativa mais antiga e sua tradição começou em 1905, nos Estados Unidos.

Nem todo mundo segue rigorosamente todas as tradições desta data festiva que costuma unir os laços familiares, como é o caso de Adriana Onura, fotógrafa, que vai passar o dia da mães longe da sua: “Faz 5 anos que eu vim embora do Japão, morei lá 7 anos. Sobre o dia das mães as vezes mando um cartão, e as vezes minha mãe liga. Com o tempo a distância faz com que essas comemorações realmente se distancie” analisa Adriana sobre a data.

Adriana provavelmente vai comemorar com a sogra que considera como sua segunda mãe. Mesmo longe dela, não se sente melancólica por isso. “Todo dia é dia das, por isso não me sinto tão triste”.

Assim como a estudante Flávia Nakayama Metorima, estudante de zootécnica da UEM, que também tem sua mãe morando no Japão há nove anos e hoje mora sozinha em Maringá. Ela já morou com a mãe no Japão por 1 ano e meio, mas, escolheu voltar para o Brasil e estudar. “Eu já fui para o Japão em 2004, e fiquei trabalhando, mas, voltei para o Brasil para terminar meus estudos e não pretendo voltar para o Japão antes de terminar!” Ela da mesma maneira que Adriana também costuma ligar para a mãe e mandar presentes pelo correio.

Flávia sente a falta da mãe, porque sabe que sua família foi para o Japão em busca de um futuro melhor. “Me sinto triste, assim como todos os outros dias, meus pais foram para o Japão para proporcionar uma vida melhor pra mim e, esse feriado, se estivéssemos juntos, seria uma forma de agradecer por tudo que eles sempre fazem por mim”, diz a estudante.

“Neste domingo vou para Bauru (SP) comemorar o dia com minha avó. Desde que minha mãe e meu pai e minhas irmãs se mudaram para o Japão, eu comemoro com minha” batiã “(avó em japonês), afinal acaba sendo como minha segunda mãe”, conta Flávia Nakayama Metorima.

Longe das mães, as meninas comemoram a data com pessoas próximas, família, pessoas que fazem parte da vida, mas não esquecem delas onde estiver, nesse dia especial de homenagem.

Liziane Neu