SAÚDE

Maringá amplia índice de cura da tuberculose

A Secretaria da Saúde de Maringá conseguiu ampliar a média de cura da tuberculose durante o ano passado em relação a 2006, mesmo registrando um aumento nos casos da doença. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (19), lançando a campanha que marca o Dia Nacional de Combate à Tuberculose, na próxima segunda-feira, 24 de março. Para marcar a data na próxima semana as Unidades Básicas de Saúde e o Programa Saúde da Família do município vão intensificar a atenção no trabalho de identificação e prevenção à doença.

Durante 2006 foram registrados 66 casos de tuberculose em Maringá, contra 79 casos no ano passado. A média de cura saltou de 65% em 2006 para 78,4% em 2007, média próxima da meta do Ministério da Saúde de 85%. “Não temos um índice de cura maior por causa dos pacientes andarilhos e detentos que vão embora sem concluir o tratamento”, lamenta a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde, Janete Veltrini Fonzar.

Desde que o controle e tratamento da tuberculose foi repassado ao município, a partir de 2004, os índices de identificação e cura têm melhorado. Anteriormente o serviço era centralizado, o que dificultava desde o diagnóstico da doença até o acompanhamento do tratamento. Com a municipalização os profissionais foram capacitados e todas as unidades e serviços de saúde passaram a monitorar os pacientes que apresentam os sintomas.

Janete explica que normalmente o paciente procura o serviço público com algum problema de saúde, muitas vezes sintomas da doença. A partir de então passa a receber o tratamento adequado, realizado exclusivamente pela rede pública de saúde. “O diagnóstico e início precoce do tratamento são importantes na cura da tuberculose”, ressalta. Os principais sintomas são tosse persistente durante três semanas ou mais, febre e emagrecimento.

Apresentando estes sintomas, orienta Janete, a pessoa deve procurar uma Unidade Básica de Saúde para um diagnóstico e se necessário iniciar o tratamento o quanto antes. Ela esclarece que devido às características do tratamento, existe um acompanhamento por profissionais de saúde, que fazem ainda uma parceria com os familiares para um controle mais próximo. “O importante é o paciente manter o tratamento até o final”, explica. Os medicamentos são fornecidos gratuitamente a todos os pacientes.

Ela alerta ainda que toda população está sujeita a contrair a doença, que não escolhe classe social ou mesmo faixa etária. O importante, reforça, é a pessoa com qualquer um dos sintomas procurar ajuda no serviço público de saúde. Como a transmissão se dá pelo ar, através de tosse, espirro ou contato com a saliva do portador da doença, existe a preocupação do diagnóstico precoce, evitando o registro de novos casos.

Sinais de alerta:
Os principais sintomas da tuberculose são: tosse presistente, febre vespertina, perda de apetite, emagrecimento, suor noturno, cansaço fácil, dor no peito e escarro com sangue.

A tuberculose é transmitida de uma pessoa para outra através da tosse, espirro ou escorro do portador da doença.

A tuberculose pode ser identificada através do exame médico, exame de escarro e raio-X do tórax.

Cuidados que o doente deve ter para não passar a tuberculose para outro: proteger a boca com lenço ao tossir, não cuspir ou escarrar no chão, colocar travesseiros, cobertores e colchões no sol, ventilar os ambientes em especial o quarto e evitar a aglomeração de pessoas em ambientes fechados, sem ventilação.

Todo caso suspeito de tuberculose deve ser notificado ao serviço público de saúde.

A tuberculose tem cura desde que o paciente tome os medicamentos até o final, mesmo que os sintomas da doença desapareçam.

O tratamento é gratuito é acompanhado por profissionais da saúde pública.

PMM