Venda da indústria cresce 11,2% e confirma previsão de ano bom

As fábricas instaladas no Paraná tiveram alta de 9,2% no faturamento em outubro e elevaram para 11,2% a receita com vendas nos primeiros dez meses do ano. Os dados, de acordo com o Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), confirmam as expectativas de que 2007 será o melhor ano da história para o setor industrial no estado.

A pesquisa Indicadores Conjunturais, divulgada ontem pela Fiep, mostrou que, em outubro, tiveram destaque positivo os gêneros Fabricação e Montagem de Veículos Automotores (19,85%), Petróleo e Produção de Álcool (17,43%) e Produtos Alimentícios e Bebidas (3,3%), exatamente aqueles com maior participação relativa na indústria paranaense. Além disso, os gêneros Móveis e Indústrias Diversas e Máquinas e Equipamentos apresentaram avanços significativos no mês, de 31,17% e 21,15%, respectivamente.

O coordenador do Departamento Econômico, Maurílio Schmitt, avalia que diversos fatores contribuem para o aumento nas vendas. Entre eles a elevação na massa de rendimento da população (5,96% até outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e a expansão do crédito, que significou dinheiro no bolso da população principalmente para a aquisição de bens de consumo duráveis, como veículos.

Aliado a isso, o bom momento vivido pelo setor agrícola trouxe abundância de matéria-prima para a indústria de alimentos. A expressiva safra 2006/2007, as boas perspectivas para a próxima e o não aparecimento de problemas fitossanitários permitiram que a indústria de Produtos Alimentícios e Bebidas aumentasse suas vendas nestes primeiros dez meses do ano em 16,72%, em relação a igual período de 2006.

O gênero Petróleo e Produção de Álcool também teve um bom desempenho, com aumento de 3,34%, em razão de investimentos na área de petróleo e de aumento da área plantada (12,8%) e da produção (24,4%) da cana-de-açúcar. As compras de insumos para o refino de petróleo e produção de álcool (basicamente importação de petróleo) tiveram aumento de 48,26% em outubro, e foram responsáveis, segundo Schmitt, pela elevação de quase 100% nas importações de insumos para a indústria paranaense naquele mês.

“Enquanto isso você vê o pessoal animado, porque as compras de máquinas e equipamentos evoluem muito bem”, afirma Schmitt. No ano, a indústria paranaense elevou em 34% a compra destes artigos. Somente em outubro, foram 7,65% de alta sobre setembro e 39,07% sobre outubro de 2006. “É um investimento razoável em expansão da capacidade produtiva instalada, e que vai dar frutos lá na frente.”