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Pesquisa irá contribuir com o trabalho da coleta seletiva no município

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Agricultura solicitou e viabilizou a elaboração de uma pesquisa que revela a quantidade de resíduos sólidos residenciais e comerciais gerados em Maringá. O estudo foi realizado pelo professor doutor da Universidade Estadual de Maringá – UEM, Generoso de Angelis Neto. De acordo com a diretora de Meio Ambiente e bióloga, Lidia Maróstica, os resultados contribuirão de forma eficaz para o melhor desenvolvimento dos trabalhos voltados à coleta seletiva.

Segundo o pesquisador, os resultados foram obtidos através de visitas ao aterro municipal, entre os dias 10 e 14 de julho de 2007. A determinação foi feita com a divisão das amostras de cada caminhão, para que se obtivesse uma caracterização distribuída por todas as regiões da cidade.

Após o levantamento, constatou-se que Maringá gera todos os dias, mais de 283 mil quilos de resíduos sólidos residenciais e comerciais. A pesquisa ainda revela que o potencial de reciclagem na cidade de Maringá chega próximo a 80% do total de resíduos que é coletado através da coleta convencional. A quantidade de matéria orgânica - matéria de origem animal e vegetal, como sobras de alimentos – atinge, em alguns bairros, um percentual superior a 60%.

Para a diretora do Meio Ambiente, os dados são importantes porque a partir deles já a Secretaria já estudando uma forma de compostagem, ou seja transformação destes resíduos em composto orgânico. “Esse material, após a retirada de componentes como metais pesados e outros, pode ser utilizado como adubo orgânico que será aproveitado em canteiros, praças da cidade e hortas comunitárias”, explica Maróstica.

A pesquisa também mostra que o programa de coleta seletiva municipal está atingindo suas metas com relação aos produtos potencialmente recicláveis. Sobre o aterro, o pesquisador considera que o local está sendo bem operado, com delimitação das praças de trabalho e ocupação ordenada e racional da mesma.

Apesar do trabalho realizado no município, a diretora do Meio Ambiente considera que ainda existe uma grande quantidade de material reciclável que está sendo conduzido ao aterro. “A população deve se sensibilizar e se conscientizar de que encaminhando recicláveis para a coleta seletiva, também colabora para que mais áreas não sejam impactadas recebendo tanto lixo. A ação também contribui com a geração de emprego e renda para as pessoas que desenvolvem este trabalho nas cooperativas de reciclagem”, finaliza.