A diferença de 12 mil votos e a virada de Sílvio Barros
O resultado final dessas eleições selou uma virada na disputa pelo Executivo em Maringá.
O engenheiro civil Sílvio Barros (PP), 47 anos, assumirá pela primeira vez a prefeitura de Maringá, pelos próximos quatro anos, após ter vencido ontem o atual prefeito João Ivo Caleffi (PT), 43, pela diferença de 12.069 votos. Barros foi eleito com 53,51% (92.052) dos votos válidos, contra os 46,49% (79.983) do adversário. Os votos nulos somaram 2,08% (3.696) do total e os brancos, 1,17% (2.081). O índice de comparecimento às urnas foi de 81,11% do total de eleitores (219.218).
Há dez dias, pesquisas apontavam uma vantagem superior a 10% para Caleffi, que havia sido o mais votado no primeiro turno, com 28,41% (49.536) dos votos. Em visita a Londrina no último dia 23, o presidente nacional do PT, José Genoino, chegou a afirmar que, dentre as cidades paranaenses onde o partido disputava o segundo turno, ele só não passaria por Maringá, porque lá ''a situação estava tranquila''.
Ontem à noite, Barros comentou que atribuía o resultado, antes de mais nada, a Deus. ''Somos de uma família de políticos de muita tradição em Maringá, e com muita alegria, muita emoção, estamos tendo a oportunidade de conduzir essa cidade com a autorização do povo'', ressaltou. O pai dele, Sílvio Magalhães Barros, foi prefeito de Maringá de 1973 a 1976. O irmão, Ricardo Barros, está na terceira legislatura na Câmara Federal.
A reportagem da Folha não conseguiu entrar em contato com Caleffi. Em discurso proferido após o fechamento das apurações, segundo a assessoria de imprensa do prefeito, ele declarou que ''enfrentou uma campanha dura, com grande pressão da mídia local'', e que ''faltou fôlego financeiro na reta final da campanha''. O candidato à reeleição também atribuiu a derrota ao alto índice de abstenção provocado pela chuva, e que teria atingido principalmente as camadas mais pobres.
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