SAÚDE

SUS passa a oferecer implante contraceptivo hormonal

Novo implante subdérmico, que pode custar até R$ 4 mil, é moderno e tem alta eficácia.

SUS passa a oferecer implante contraceptivo hormonal
O implante subdérmico é um método contraceptivo de longa duração e alta eficácia, que atua no organismo por até três anos, sem necessidade de intervenções durante o período. - Foto: Reprodução/Ministério da Saúde

O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a ofertar no segundo semestre deste ano o implante subdérmico contraceptivo conhecido como Implanon. O método é considerado vantajoso em relação aos já existentes por sua longa duração e alta eficácia.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a decisão de adicionar o método contraceptivo ao SUS foi apresentada na tarde de quarta-feira (2), durante a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

“Esse implante é muito mais eficaz que outros métodos para prevenir a gravidez não planejada. Agora vamos orientar as equipes, fazer a compra e orientar as Unidades Básicas de Saúde de todo o Brasil para já no segundo semestre deste ano começar a utilizar no SUS”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

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A pasta espera distribuir 1,8 milhões de dispositivos. Cerca de 500 mil mulheres devem ser atendidas ainda neste ano.

O produto tem valor de até R$ 4 mil e o investimento será de, aproximadamente, R$ 245 milhões.

Sobre o Implanon

O implante subdérmico é um método contraceptivo de longa duração e alta eficácia, que atua no organismo por até três anos, sem necessidade de intervenções durante o período. Após esse tempo, o implante deve ser retirado e, se houver interesse, um novo pode ser inserido imediatamente. A fertilidade retorna rapidamente após a remoção.

“A inserção e a retirada do implante subdérmico devem ser realizadas por médicas(os) e enfermeiras(os) qualificadas(os). Por isso, a ampliação da oferta será acompanhada de estratégias de formação teórica e prática desses profissionais”, afirmou o Ministério.

Entre os contraceptivos atualmente oferecidos no SUS, apenas o DIU de cobre é classificado como LARC — sigla em inglês para contraceptivos reversíveis de longa duração. Esses métodos são considerados mais eficazes no planejamento reprodutivo por não dependerem do uso contínuo e correto, como ocorre com os anticoncepcionais orais ou injetáveis.

Maringa.Com
Por Vanessa Santa Rosa