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Conclave começa nesta quarta (7); confira os apontados como favoritos para substituir Francisco

Lista tem cardeais de países como Brasil, Itália, Filipinas, Estados Unidos e Gana.

Conclave começa nesta quarta (7); confira os apontados como favoritos para substituir Francisco
Processo de escolha do novo papa não tem data definida para acabar. - Foto: Reprodução/Vatican Media

O conclave, processo de escolha do novo papa, começa no Vaticano nesta quarta-feira (7), com 133 cardeais de 71 países, e não tem data para acabar.

O sigilo em torno do conclave acaba por torná-lo o processo eleitoral mais incerto do mundo, já que não existem favoritos claros. O próprio Jorge Bergoglio não aparecia em nenhuma lista de papáveis antes de ter sido escolhido papa em 2013.

No entanto, especialistas do Vaticano apontam alguns nomes como principais candidatos ao pontificado. Cardeais da Itália, Filipinas, Gana, França, Estados Unidos, Hungria, República Democrática do Congo e Brasil aparecem em diversas listas.

As casas de aposta também apontam quais nomes são os mais cotados para substituir Francisco. O cardeal italiano Pietro Parolin aparece na frente, com 30% de chances, seguido pelo filipino Luis Antonio Tagle, com 19%. Em terceiro lugar aparece o também italiano Matteo Zuppi, com 11% de probabilidade.

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Cardeal Pietro Parolin (Itália) - O italiano Pietro Parolin, de 70 anos, é secretário de Estado do Vaticano. Reconhecido como um articulador discreto e experiente, já participou do serviço diplomático da Santa Sé e atuou em negociações sensíveis envolvendo países do Oriente Médio, China e Vietnã.

Cardeal Luis Antonio Tagle (Filipinas) - O atual cardeal-arcebispo de Manila tem 67 anos e muitos especialistas consideram que seu pontificado seria uma extensão do projeto de Francisco. Nas Filipinas, Tagle é defensor dos direitos humanos e do combate à pobreza, além de ser conhecido como alguém que articula discussões teológicas e sociais de maneira acessível.

Cardeal Matteo Zuppi (Itália) - Arcebispo de Bolonha, Zuppi tem como foco a inclusão dos marginalizados e o cuidado das pessoas pobres. Da ala mais progressista da igreja, defende o acolhimento e o diálogo com a comunidade LGBTQIAPN+.

Cardeal Pierbattista Pizzaballa (Itália) - Apesar de nascido na Itália, Pizzaballa se mudou para Jerusalém logo após sua ordenação, aos 25 anos, onde continua até hoje. Jovem, com apenas 60 anos, é elogiado por seu trabalho em prol do diálogo inter-religioso entre católicos, judeus e muçulmanos. Assim como Francisco, também é defensor dos palestinos e contra o conflito na Faixa de Gaza.

Cardeal Peter Turkson (Gana) - Cotado como um dos favoritos no conclave de 2013, o arcebispo emérito de Costa do Cabo já se manifestou sobre a crise climática, o combate à pobreza e os direitos humanos, e também declarou não querer o cargo.

Cardeal Jean-Marc Aveline (França) - O mais “bergogliano” entre os cardeais franceses era próximo de Francisco e compartilha muitos de seus ideais. É vocal a respeito de questões de imigração e o diálogo com outras religiões.

Cardeal Péter Erdo (Hungria) - O atual arcebispo de Budapeste é mais conservador, atua em defesa do diálogo inter-religioso e mantém relações próximas com líderes da igreja ortodoxa e da comunidade judaica.

Cardeal Fridolin Ambongo Besungo (República Democrática do Congo) - Nos últimos anos, a África é o continente que mais tem ganhado fiéis católicos. Por isso, a probabilidade do novo papa ser de um país africano é alta. Além de Turkson, o arcebispo de Kinshasa, um ávido defensor da paz e da justiça social no Congo, também desponta como um dos favoritos.

Cardeal Robert Prevost (Estados Unidos) - Frei, da ordem de Santo Agostinho, Prevost nasceu em Chicago, mas é bispo emérito de Chiclayo, no Peru. É um reformista e nome de destaque na América Latina, já que presidiu a Pontifícia Comissão na região.

Cardeal Sérgio da Rocha (Brasil) - Dom Sérgio da Rocha é arcebispo de Salvador e foi nomeado por Francisco, em 2021, como membro da Congregação para Bispos, um dos principais organismos da Cúria. Desde 2023, faz parte do Conselho de Cardeais.

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Por Vanessa Santa Rosa