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Operação da PF sobre uso indevido de GPS por servidores da Abin cumpre mandado em Maringá

De acordo com investigações, sistema foi utilizado para monitorar ilegalmente servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e juízes do STF e do TSE.

Operação da PF sobre uso indevido de GPS por servidores da Abin cumpre mandado em Maringá
As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (20), a Operação Última Milha, com o objetivo de investigar o uso indevido, por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), de um sistema de geolocalização de dispositivos móveis, sem a devida autorização judicial.

De acordo com a PF, 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos. Também estão sendo realizadas “medidas cautelares diversas da prisão,” em quatro estados, além do Distrito Federal, incluindo dois no Paraná, em Maringá e Curitiba. Os policiais também cumprem mandados em São Paulo, Santa Catarina e Goiás.

As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “O sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos”, informou em nota a PF.

“Além do uso indevido do sistema, apura-se a atuação de dois servidores da agência que, em razão da possibilidade de demissão em processo administrativo disciplinar, teriam utilizado o conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão”, acrescentou.

De acordo com informações apuradas pela Globonews, os servidores da ABIN utilizavam o sistema, comprado de uma empresa israelense com recursos públicos, para monitorar ilegalmente servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e juízes do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Se condenados, os servidores responderão pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

Maringa.Com, com informações da Agência Brasil
Por Vanessa Santa Rosa