MEIO AMBIENTE

Tem início a instalação dos poços para retomada do nível de água no lago do Parque do Ingá

Teste vai avaliar se os poços podem melhorar a drenagem de água ao redor do parque; saiba mais

Tem início a instalação dos poços para retomada do nível de água no lago do Parque do Ingá
O primeiro poço, localizado na Avenida Laguna, no canteiro central em frente ao Parque do Ingá, foi instalado no sábado (8). - Foto: Divulgação PMM

Teve início a instalação, em fase de teste, de dois poços de infiltração ao redor do Parque do Ingá para melhorias no sistema de drenagem da unidade de conservação. Será avaliado, na prática, se os poços podem melhorar a drenagem, fazendo com que a água infiltre no solo e encha o lençol freático para possibilitar o afloramento natural da água dentro do Parque e, assim, alimentar o lago. 

O primeiro poço, localizado na Avenida Laguna, no canteiro central em frente ao Parque do Ingá, foi instalado no sábado (8). A medida faz parte das recomendações feitas pelo estudo desenvolvido pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Fadec), vinculada à Universidade Estadual de Maringá (UEM), para buscar soluções para um manejo mais adequado das águas pluviais no entorno do Parque. 

O segundo poço será instalado nesta semana na esquina das ruas Furtado de Mendonça e Santos Dumont.  

A diretora-presidente do Instituto Ambiental de Maringá (IAM), Juliane Kerkhoff, destaca que a iniciativa, além de representar a possibilidade de solucionar o baixo nível de água no lago do Parque do Ingá, traz outros benefícios para o meio ambiente e a comunidade do entorno. 

“Com os poços, que vão infiltrar as águas pluviais, podemos ter uma diminuição do volume de água nas superfícies, o que facilita o escoamento. Além disso, vamos diminuir a quantidade de água direcionada para o Córrego Moscados, o que evita processos erosivos no local”, afirma. 

As estruturas têm 8 metros de profundidade e são compostas por uma caixa de concreto pré-moldado de 1,5 metro em cima. Dentro do poço, há uma camada de pedra brita, um tubo pead de 630 mm, uma manta geotêxtil e o sensor que será responsável por medir a capacidade de infiltração do poço. 

A coordenadora geral da pesquisa e professora da UEM, Cristhiane Okawa, explica que, à medida que água da chuva encher o poço, o sensor ultrassônico registra em quanto tempo real se a água infiltrará no solo. 

“Essa é uma etapa importante do nosso projeto. Os testes vão nos trazer respostas importantes para nossa pesquisa e vai nos mostrar, por exemplo, a quantidade de poços necessários na região”, disse. 

Os poços de infiltração foram instalados em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), responsável pela doação dos equipamentos, e a Fundec Fundações Especiais, que realizou o empréstimo do maquinário para perfuração. Equipes do IAM e das secretarias de Mobilidade Urbana e Infraestrutura  também auxiliaram na instalação das estruturas.

Maringa.Com