ENSINO REMOTO

Após decisão de suspender aulas presenciais, alunos da UEM se mobilizam em protesto

Os acadêmicos da Universidade vindos de outras cidades se sentiram afetados pelo cancelamento das aulas presenciais devido à contratos de aluguel

Após decisão de suspender aulas presenciais, alunos da UEM se mobilizam em protesto
Durante a reunião, houve protesto de alunos que chegaram a interromper a fala dos responsáveis pela Diretoria da instituição. - Foto: Reprodução/CBN Maringá

Após anunciarem o cancelamento das atividades presenciais na Universidade Estadual de Maringá, a reitoria agendou para a manhã desta quinta-feira (20) uma coletiva de imprensa para esclarecer a decisão. 

Durante a reunião, houve protesto de alunos que chegaram a interromper a fala dos responsáveis pela Diretoria da instituição. Os acadêmicos são contra o cancelamento e, a maioria vinda de outras cidades, aponta que os contratos de aluguel já foram fechados, deixando muitos no prejuízo. 

Esse é o caso de João Garcia, de 20 anos, vindo de Toledo. No segundo ano de Economia, o acadêmico afirma que estava ansioso para conhecer a Universidade e finalmente ter aulas presenciais. Sobre os prejuízos, João afirma que ele e um amigo haviam passado uma grande dor de cabeça até finalmente alugarem um apartamento na cidade. 

"Começamos a procurar um lugar assim que foi anunciada a volta das aulas presenciais. Foi uma loucura, coisa de uma semana ter conseguido fechar o contrato. Os aluguéis em Maringá não são baratos e agora voltaremos para Toledo pagando um apartamento alugado por um ano. Sem dizer que foram apenas três dias de aula, poderiam ter voltado atrás antes, quando viram que os casos aumentaram”, reclama o estudante. 

Durante a coletiva de imprensa, o presidente do Grupo Técnico de Enfrentamento a Covid-19 da UEM, Denis Bertolini, explicou que a decisão de suspender novamente as aulas se pautou na evolução dos casos e mudança da bandeira verde para amarela no último boletim epidemiológico em Maringá e que, antes de definir a volta presencial, o avanço de casos havia sido discutido com a prefeitura. 

“Nós conversamos com o município e houve a informação de que não haveria mudança no quadro e que, durante essa semana, haveria possibilidade de que houvesse uma diminuição inclusive. Nós discutimos tudo isso. Epidemiologicamente, nós achamos que isso não estaria correto, mas nós tínhamos que aguardar o documento que comprovasse essa situação. Só mediante os boletins epidemiológicos é que nós poderíamos tomar a decisão”, explicou Bertolini. 

O reitor da Universidade Estadual de Maringá, Júlio Damasceno, ainda afirmou que não há previsão de retorno das aulas presenciais, mas os dados serão analisados diariamente para tomada de decisão.

Em nota oficial sobre a decisão da equipe da UEM em suspender as aulas presenciais, a Prefeitura de Maringá destacou que no novo decreto não há proibição do retorno às aulas nas instituições de ensino e que somente eventos com mais de mil pessoas não podem ser realizados na cidade.

Mais informações serão divulgadas em breve.

Maringa.Com com informações da CBN Maringá