Nova onda da covid-19 é menos letal graças ao avanço da vacinação
Pessoas vacinadas que contraem a doença não desenvolvem sintomas graves, diferente dos cenários de 2020 e 2021 quando a população ainda não estava imune
Após as festas de fim de ano, 2022 chegou com uma nova onda do coronavírus e com a ameaça da variante ômicron. Apesar do transtorno causado pela doença e com o rápido aumento no índice de casos no Brasil, a maioria apresenta sintomas leves.
Em Maringá o aumento no número de casos foi expressivo nos últimos dias. O aumento teve início já no dia 27 de dezembro, após as comemorações de Natal, apresentando 66 novos casos, nenhum óbito e 160 casos ativos. Antes, a média de casos diários era 20.
Nos dias seguintes os números foram aumentando cada vez mais e, na primeira semana de janeiro, atingiram altos índices. No dia 5 de janeiro, 120 novos casos foram confirmados e 849 casos ativos. Já no dia 7 de janeiro, 448 casos foram confirmados e o último boletim, divulgado nesta quarta-feira (12), já contabiliza 682 novos casos e 3.120 casos ativos.
Apesar do aumento expressivo, a bandeira de risco em Maringá continua verde e poucos são os casos que necessitam de internação, diferente das outras ondas, que abarrotaram hospitais e emergências. Ao todo, são 1.618 óbitos em Maringá e o número não tem aumentado, mérito do avanço da vacinação.
De acordo com o Vacinômetro de Maringá, 92% da população adulta já está vacinada com a primeira dose do imunizante ou dose única. Com a segunda dose, 88% já estão vacinados. Em relação aos adolescentes entre 12 e 17 anos, o índice de vacinados com a primeira dose corresponde a 96%, e com a segunda, 63%.
As porcentagens não vacinadas correspondem aos casos de covid-19 que vão parar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) devido a sintomas mais graves da doença. Em Maringá, com 8% da população adulta e 4% da população adolescente não-vacinada a movimentação nas UTIs também aumentou.
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Antes das festas de fim de ano, no boletim epidemiológico do dia 23 de dezembro, o índice de ocupação de leitos exclusivos para covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) estava em 11% nos leitos simples (7 pacientes) e 28% nos leitos de UTI (10 pacientes, sendo quatro de outras cidades).
Atualmente, com o avanço do número de casos confirmados, o índice de ocupação de leitos exclusivos para covid-19 no SUS saltou para 93% nos leitos simples (28 pacientes) e 26% nos leitos de UTI (oito pacientes). Os dados são do boletim divulgado nesta quarta-feira (12) pela Prefeitura de Maringá.
Vale destacar que foram mais de 620 mil mortes causadas pela doença desde o início da pandemia no Brasil e, ao contrário do que foi visto no ano de 2020 e 2021, a nova tende a ser menos letal graças ao avanço no índice de população imunizada. No entanto, ainda faz-se necessário o uso de máscaras de proteção, álcool em gel e evitar aglomerações.