Líderes religiosos de Maringá são investigados por trabalho escravo e aliciamento infantil
Três mandados de prisão e três de busca e apreensão são cumpridos na residência dos líderes religiosos. Pelo menos cinco menores relataram que foram vítimas de trabalho escravo
Uma família de líderes religiosos é alvo da PCPR (Polícia Civil do Paraná), na manhã desta sexta-feira (23), em Maringá, na região noroeste do Paraná, por envolvimento em trabalho escravo e aliciamento de crianças e adolescentes.
Três mandados de prisão e três de busca e apreensão são cumpridos na residência dos líderes religiosos. Pelo menos cinco menores relataram que foram vítimas de trabalho escravo.
Os alvos de prisão são pai, mãe e filho. Os três são líderes religiosos e comandavam a venda de pizzas feitas em uma igreja, em Maringá e cidades da região. A família atraia as crianças e adolescentes afirmando que a ação seria uma obra divina e que o dinheiro seria doado para crianças com câncer.
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Após o aliciamento, os menores eram submetidos ao trabalho escravo, forçado e em jornada excessiva. Os líderes religiosos ainda obrigavam as crianças a prestar contas relacionadas às vendas, por meio de ameaças e agressões físicas e verbais.
De acordo com a PCPR, uma das vítimas, de 13 anos, foi subtraída dos pais para trabalhar como empregada doméstica na casa da família de pastores. Os pais que tentavam contestar os métodos do grupo eram agredidos e ameaçados.