Espaços para eventos avaliam cenário para este ano e 2021 em Maringá

O setor de eventos de Maringá vem lutando para aumentar gradativamente a flexibilização nos decretos há meses em Maringá. Na última publicação do poder público, foram autorizados eventos com até 150 pessoas, seguindo todas as normas de segurança. O setor vem tentando se adequar e trabalhar com este número, mas de maneira geral, aguarda novas flexibilizações para continuar as tratativas com clientes acerca da agenda para este ano e para 2021.

De acordo com o proprietário de um centro de eventos, para este ano, em novembro, há locação para um evento que ocorrerá dentro das normas do último decreto. Em dezembro, a empresa ainda tem a agenda preenchida. “Não modificamos a agenda de dezembro ainda, mas não significa que conseguiremos executar os eventos agendados. A cada dia que passa está ficando complicado sem um novo posicionamento, pois para os eventos ocorrerem, precisaria haver maior flexibilização nos decretos para nosso setor”, disse.

Com relação ao próximo ano, a empresa afirma que a agenda segue normal. “De janeiro de 2021 em diante a agenda segue com a maioria das datas preenchidas. Mas nosso temor está em não termos o retorno que esperamos e perdermos novamente o trimestre do início do ano ou até mesmo o semestre todo”.

Além disso, de maneira geral, as empresas de espaços para eventos consideram que 2021 será um ano bom, tendo em vista que a agenda permanece estável, além dos reagendamentos dos eventos que ocorreriam este ano. Mas o setor aguarda o parecer do poder público para novas flexibilizações, para assim poderem organizar a agenda. “Ainda temos eventos para adiar, mas tudo indica que 2021 será de muito trabalho. Para o ano que vem, temos quase 50 eventos na agenda, fora as formaturas que ainda não foram remarcadas”, avaliou outro centro de eventos da cidade.  

Outro espaço para eventos também que estão trabalhando em reestruturação de calendário levando em consideração retorno ativo do setor no início de 2021. “Fizemos nossa reestruturação de reagendamentos, considerando o retorno ativo dos eventos a partir de janeiro de 2021. Temos cerca de 120 datas já agendadas para 2021”.

O setor avalia que, em função das remarcações, haverá poucas datas para comercialização. A solução pode ser realizar eventos em dias menos comuns para o setor. “Acreditamos em termos de mercado que haverá uma demanda represada de alguns segmentos, mas teremos certa dificuldade comercial por termos poucas opções de datas disponíveis para comercialização. Teremos que movimentar o mercado das quintas/domingos com mais força”.

Desde o início das discussões acerca da retomada do setor de eventos em Maringá, os empresários lutam para que os decretos considerem porcentagem da capacidade do espaço e não número limitado de pessoas. Dessa forma, o setor conseguiria trabalhar melhor com os clientes e teria uma resposta mais equivalente ao que já ocorre na retomada de outros setores, como restaurantes, por exemplo.

“Estamos vendo a retomada do setor em diversas cidades do país e o setor em Maringá aguarda mais flexibilização. A liberação com porcentagem na capacidade do espaço para eventos seria trabalhar igual com os demais setores que já retornaram. Seguindo todas as regras de segurança, não há porquê manter o setor impedido de voltar a trabalhar com isonomia e poder planejar melhor a agenda do próximo ano”, afirmou a superintendente executiva do Convention, Yara Linschoten.

As empresas fornecedoras de serviços para eventos também enfrentam dificuldades neste final de ano. É uma reação em cadeia que pode ser observada no setor. Uma empresa de decoração de Maringá, afirma que para este ano, não há nada agendado. “Mas a partir de março de 2021, estamos com 75% da agenda cheia”, afirmou o diretor da empresa.

 A avaliação da sócia-proprietária de uma empresa de equipamentos de som e iluminação, é mais positiva com relação a este ano. “Estamos começando a movimentar aos poucos. Nossos eventos foram reagendados para 2021. Mas se continuar estabilizando a doença, voltaremos gradativamente”, analisou.