CORONAVÍRUS

Cerca de 10 mil paranaenses devem testar a vacina russa Sputnik V

Para que os testes sejam iniciados no Estado, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) precisa autorizar os ensaios clínicos que estão sendo produzidos no Paraná

Cerca de 10 mil paranaenses devem testar a vacina russa Sputnik V
Somente após os resultados positivos do teste que o Paraná produzirá a vacina. - Foto: Divulgação

A previsão do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) é de que 10 mil paranaenses testem a vacina russa Sputnik V a partir de outubro. A afirmação foi feita pelo diretor do instituto, Jorge Callado nesta sexta-feira (4), em coletiva de imprensa.

Para que os testes sejam iniciados no Estado, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) precisa autorizar os ensaios clínicos que estão sendo produzidos no Paraná.

FASE 3 DA VACINA DA RÚSSIA NO PARANÁ – Segundo Callado, 10 mil pessoas participação da fase 3 da vacina da Rússia no Paraná, que testará em profissionais da área da saúde de hospitais universitários da rede estadual. A previsão é que isso ocorra em 45 dias.

“Não fechamos um intervalo de idade ainda, mas adianto que na sequência pessoas que fazem parte do grupo de risco como, por exemplo, idosos, hipertensos e diabéticos, também participaram do teste clínico.”

Como será feita a aplicação e medição na fase 3 no Paraná:

  • a primeira dose acontece no dia ‘0’;
  • depois de 21 dias, o voluntário recebe a segunda dose;
  • após 60 dias, as medições de eficácia são iniciadas;

A expectativa é que o dossiê, que será submetido a Anvisa, esteja pronto até o final de setembro. Em seguida, após aprovação da instituição reguladora, a fase 3 será iniciada no Paraná: “as tratativas estão sendo bem desenvolvidas”.  Depois da aprovação, as doses da vacina russa Sputnik V serão enviadas.

Somente após os resultados positivos do teste que o Paraná produzirá a vacina. “Com os resultados positivos, a a busca do registro da vacina no Brasil começa, mas para isso temos que ter toda essa documentação e testes bem evidenciados”.

O diretor do Tecpar reforçou que, nesta fase de testes, as vacinas não serão compradas. Em seguida, após comprovação e registro, o instituto começa a verificação junto à Sesa de quantas doses poderão ser adquiridas. “Agora, existe reservado o valor de R$ 100 milhões do governo e mais R$ 100 milhões que foram destinados pela Alep para a compra.”

VACINAÇÃO EM MASSA NO ESTADO – Sobre a expectativa de vacinação em massa no Paraná, Callado afirmou que a produção em território nacional deve acontecer no segundo semestre de 2021, porém, “nada impede que a importação seja feita antes, mas depende do registro da vacina”. Em seguida, o diretor afirmou que não descarta a possibilidade de no início do aproximo ano ocorrer a vacinação em massa.

ARTIGO NA REVISTA THE LANCET – Nesta sexta-feira (4), a revista The Lancet publicou um artigo mostrando que a vacina Russa é capaz de produzir imunidade contra a Covid-19 sem desencadear reações adversas graves. Para Callado, a notícia foi recebida com entusiamos, já que com a publicação confirma o que o Tecpar e o Governo do Paraná já haviam adotado internamente.“Em ciência não utilizamos desconfiança e sim comprovação de evidência…nós tínhamos bons indicativos, por isso, o Governo do Parana entrou nessa parceria com a Rússia”, explicando sobre as desconfianças que foram causadas quando o acordo entre o Estado e o país foi firmado.

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