CORONAVÍRUS

OMS diz que ‘não existem informações sobre eficácia’ da vacina da Rússia

Na manhã de terça-feira (11), a Rússia registrou a primeira vacina do mundo contra a covid-19, porém, a decisão foi questionada pela OMS e por alguns cientistas

OMS diz que ‘não existem informações sobre eficácia’ da vacina da Rússia
Ainda nesta quarta-feira, está marcado para às 14 horas uma reunião entre o Governo do Paraná e representantes da Rússia para firmar um acordo de produção e distribuição da vacina ‘Sputnik 5’ no Estado. - Foto: Reprodução/Fundo de Investimentos Diretos da Rússia

Na reunião da Frente Parlamentar de Combate ao Coronavírus desta quarta-feira (12), a vice-diretora geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Mariângela Batista Galvão Simão, disse que ainda não existem informações sobre a eficácia da vacina da Rússia.

“As informações disponíveis que temos é de que a vacina ainda não estaria em fase 3, que é quando você faz um estudo com um grande número de pessoas”, disse a vice-diretora. Na manhã de terça-feira (11), a Rússia registrou a primeira vacina do mundo contra a covid-19, porém, a decisão foi questionada pela OMS e por alguns cientistas.

Em reunião com deputados da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná), Mariângela reforçou que não existem informações sobre qual fase real está o ensaio clínico ou segurança da vacina. “Sobre o caso da vacina da Rússia, Instituto Gamaleya (de Moscou Rússia), ainda não se temos informações sobre qual fase real do ensaio clínico e a OMS está em contato direto com o governo russo, porque há um interesse enorme do governo russo de pré-qualificar essa vacina e fazer passar pelo processo de pré-qualificação da OMS”, explicou.

A vice-diretora da OMS aproveitou a oportunidade para explicar sobre a fabricação da vacina no Brasil, já que Jorge Callado, diretor-presidente do Tecpar, afirmou horas após o anúncio da Rússia que o Governo do Paraná iria assinar um acordo com para produzir a ‘Sputnik 5’.

“Vai caber à Anvisa fazer a análise dos dados e a empresa estatal russa vai ter que fornecer todos os dados, como vai fornecer para a OMS. Isso vai ser necessário tanto para o registro dos ensaios clínicos no Brasil (se por ventura for acontecer), como para uma eventual transferência de tecnologia para produção local”, explicou Mariângela. Por fim, ela afirmou que “seria excelente se a vacina fosse eficaz e segura, mas ainda faltam alguns dados para dizer isso com segurança”.

Ainda nesta quarta-feira, está marcado para às 14 horas uma reunião entre o Governo do Paraná e representantes da Rússia para firmar um acordo de produção e distribuição da vacina ‘Sputnik 5’ no Estado. O tratado deve ser assinado pelo governador Ratinho Junior (PSD) e o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov.

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