EMPREGO

Maringá fechou mais de 5,4 mil vagas de emprego formais de março a maio

No acumulado dos três meses, foram 11.898 admissões e 17.322 desligamentos no município, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)

Maringá fechou mais de 5,4 mil vagas de emprego formais de março a maio
No Brasil, a pandemia do coronavírus levou ao fechamento de 1,487 milhão de vagas com carteira assinada entre março e maio. - Foto: Reprodução/Simply Pag

Devido à crise causada pela pandemia do novo coronavírus, Maringá fechou 5.424 vagas de emprego formais de março a maio deste ano. No acumulado dos três meses, foram 11.898 admissões e 17.322 desligamentos no município, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira (29).

Em março, quando foi registrado o primeiro caso de covid-19 em Maringá (dia 18), foram registradas 6.464 admissões e 7.008 demissões, resultando em saldo negativo de 544 vagas. Já o mês de abril foi o mais afetado. O município fechou recorde de 3.271 vagas de emprego. Foram 2.393 admissões e 5.664 desligamentos, segundo o Caged.

Os dado mais recentes são de maio, mês em que Maringá fechou 1.609 vagas de emprego com carteira assinada. No total, o município registrou 3.041 admissões e 4.650 demissões no mês.

A economista do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), Juliana Franco, explica os impactos da redução do número de postos de trabalho formais na economia maringaense, e destaca que o cenário é ainda pior para o mercado informal.

“Considerando que essas pessoas ganhassem a média salarial maringaense, de 2,8 salários mínimos, isso representa uma queda na renda da nossa população de cerca de R$ 15 milhões mensais, falando apenas do emprego formal. Se considerarmos o emprego informal, tende a ser ainda mais devastador. A nível de Brasil, dados apontam que o desemprego causado no mercado informal foi três vezes maior do que o emprego formal neste período”, explica.

De acordo com ela, os setores mais atingidos em Maringá foram serviços e comércio. “No caso de Maringá, quase 80% do desemprego foi gerado nos setores de serviços e comércio, o que mostra que esses são os setores da grande maioria dos estabelecimentos empresariais. Temos cerca de 65 mil estabelecimentos em Maringá, e praticamente 90% deles são micro e pequenas empresas, que acabam sendo mais vulneráveis quando ocorre o fechamento da economia. O resultado não poderia ser outro do que é mostrado pelos dados do Caged, que é o aumento do desemprego”, destaca a economista.

BRASIL – No Brasil, a pandemia do coronavírus levou ao fechamento de 1,487 milhão de vagas com carteira assinada entre março e maio. De acordo com dados do Caged, divulgados nesta segunda-feira (29), pelo Ministério da Economia. No mês de maio, o saldo líquido entre a abertura e o fechamento de vagas foi negativo em 331.901 empregos.

O resultado de maio decorre de 703.921 admissões e 1,035 milhão de demissões. Esse foi o pior resultado para o mês da série histórica, que tem início em 1992. Em maio de 2019, houve a abertura de 32.140 vagas.

No acumulado do ano, o saldo do Caged foi negativo em 1,144 milhão de vagas, o pior desempenho da série histórica disponibilizada (2010).

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