CORONAVÍRUS

Circulação do vírus aumentou 60% em uma semana no Paraná

As regiões que registraram maior quantidade de casos novos foram oeste (151%) e noroeste (58%).

Circulação do vírus aumentou 60% em uma semana no Paraná
Os maiores crescimentos foram nessa ordem: norte (245%), oeste (67%), leste (57%) e noroeste (40%). - Foto: Geraldo Bubniak/AGB

O boletim epidemiológico publicado neste domingo (31), pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), demonstra que a circulação do novo coronavírus aumentou 60% no Paraná em uma semana. A pesquisa da semana epidemiológica leva em consideração a data do diagnóstico do caso ou do óbito.

A diferença é entre, 877 casos da semana epidemiológica 21 (período de 17 a 23 de maio) e os 1.404 da semana 22 (período de 24 a 30 de maio). No mesmo quadro houve diminuição de 23% no número de óbitos, de 31 para 24.

As regiões que registraram maior quantidade de casos novos foram oeste (151%) e noroeste (58%). A primeira pulou de 162 para 406 novos casos em sete dias e a segunda de 120 para 190.

A incidência aumentou 36% nas regiões leste e norte, mas a evolução aconteceu dentro de um número absoluto maior: de 363 para 492 na primeira e de 232 para 316 na segunda.

Entre as semanas 20 (de 10 a 16 de maio) e 21 houve crescimento 83% no número de casos e de 114% na quantidade de óbitos no Paraná. Os maiores crescimentos foram nessa ordem: norte (245%), oeste (67%), leste (57%) e noroeste (40%).

EVOLUÇÃO – Os dados do boletim epidemiológico indicam curva ascendente de infecções pelo novo coronavírus e tendência de evolução nos próximos dias, mesmo depois da realização de mais de 33 mil testes apenas na rede pública.

A estimativa é reforçada porque mais pessoas serão testadas nas próximas semanas, dentro da estratégia adotada pelo Governo do Estado de ampliar o mapeamento.

Apesar do aumento da disseminação, o Paraná mantém a menor incidência do novo coronavírus por 100 mil habitantes no Brasil, com taxa de 41. O índice nacional é de 245 e a regional sul é de 76,9.

Os estados com resultados mais próximo são Minas Gerais (49,4), Goiás (52,7) e Mato Grosso do Sul (53,6). O Estado ainda tem o 3º menor índice de mortalidade por 100 mil habitantes, com taxa de 1,6, enquanto a do País é 13,9.

CRESCIMENTO DE CASOS ENTRE CRIANÇAS – O boletim demonstra que a população economicamente ativa ainda é a mais afetada pelo coronavírus, mas indica crescimento expressivo entre crianças. Já são 126 casos entre bebês e crianças até 9 anos e 162 entre jovens de 10 a 19 anos.

Entre zero e 19 anos, o salto foi de 722% entre 22 de abril (quando essa métrica começou a aparecer nos informes) e este domingo, de 35 para 288 casos.

O boletim mostra que 3.631 casos da Covid-19 são de pessoas entre 20 e 59 anos, o que representa 77% do total de 4.687 casos no Paraná. Entre 22 de abril e 31 de maio, a evolução foi percentualmente mais rápida entre os mais jovens e a população adulta na comparação com os idosos.

Em números absolutos, foram 253 novos casos entre crianças e adolescentes, 2.847 entre adultos e 526 entre idosos.

Os casos escalaram 453% entre pessoas com 20 a 29 anos (de 147 para 814); 378% entre 40 e 49 anos (de 200 para 957); 359% entre 30 a 39 anos (de 242 para 1.112); 283% entre 50 e 59 anos (de 195 para 748); e 217% entre pessoas com mais de 60 anos (de 242 para 768).

As mulheres continuam sendo as mais atingidas no Paraná: 2.432 x 2.255 casos de homens. São 1.863 pessoas já recuperadas (39,7%) e 322 continuam internadas (117 em UTI e 205 em enfermarias). A média é de 57,8 casos por dia no Estado desde o começo da pandemia, no dia 12 de março.

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