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Mais de 80 macacos morreram por febre amarela no Paraná

Mais de 80 macacos morreram por febre amarela no Paraná
O macaco, principal vítima da doença, serve como sentinela para alertas do vírus. Vacinação ainda é a melhor maneira de prevenção. - Foto: Guito Moreto/Agência O Globo
A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) confirmou 30 novas mortes de macacos no Paraná pelo vírus de febre amarela desde a semana passada. O boletim divulgado nesta quarta-feira (19) aponta que a epizootia (epidemia em animais) registra 485 casos em 77 municípios do estado desde julho de 2019.

Já que o último relatório apontava 53 mortes de macacos pela doença, o número de óbitos chega a 83. Ou seja, o crescimento foi de 56% em uma semana. Além disso, 181 casos estão em investigação enquanto 51 já foram descartados. Por fim, outros 170 são indeterminados, ou seja, sem coleta de amostra para exames.

MUNICÍPIOS – Os municípios com casos de morte de macacos são: Castro, com 12 casos; Ponta Grossa e Antônio Olinto com 8; Lapa, São João do Triunfo e Mallet com 7 mortes; São Mateus do Sul com 6; Balsa Nova com 3; Araucária, Piên, Cândido de Abreu, Sapopema, Piraí do Sul, Ipiranga, Rio Azul, Teixeira Soares e Prudentópolis com 2 casos; Mandirituba, Quatro Barras, Rio Negro, Palmeira, Imbituva, Campina do Simão e Turvo com 1 caso.

VACINA – 14.759 pessoas se vacinaram contra a febre amarela no Paraná em janeiro de 2020, de acordo com o PNI (Programa Nacional de Imunização). Conforme os dados, a maioria das doses foi aplicada em pessoas de 15 a 59 anos. “Quando um macaco morre por febre amarela, indica que o vírus está presente naquela região. Portanto, é necessário uma atenção redobrada e a importância da vacinação deve ser reforçada para toda a população”, diz Beto Preto, secretário de Estado da Saúde.

Desde 2017, o Ministério da Saúde segue a orientação de ofertar apenas uma dose da vacina de febre amarela durante toda a vida. Contudo, no ano passado a pasta orientou os estados para que em 2020 seja dado um reforço da vacina para crianças com quatro anos de idade, devido à diminuição na resposta imunológica da criança que é vacinada muito cedo.

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