TEATRO

'Aterra', espetáculo original de Jacarezinho, segue com apresentações em Maringá

O espetáculo já circulou por Londrina, Arapongas, e no estado de São Paulo em Araraquara.

'Aterra', espetáculo original de Jacarezinho, segue com apresentações em Maringá
A peça teve estreia em Maringá no dia 8 de novembro, e segue com apresentações nesta sexta-feira (29) e no dia 6 de dezembro. - Foto: Pruner Neto/Divulgação ATERRA

Um dos destaques da concorrida Mostra Fringe do Festival de Teatro de Curitiba de 2019, segundo o crítico paulista Miguel Arcanjo, o espetáculo ‘Aterra’ é um solo de Renan Bonito com direção de Adelvane Néia e marca o início da trajetória da Companhia da Terra, composta por artista de Jacarezinho, interior do Paraná.

A peça teve estreia em Maringá no dia 8 de novembro, e segue com apresentações nesta sexta-feira (29) e no dia 6 de dezembro. Todas as apresentações serão realizadas no Teatro Barracão às 20h30 com entrada gratuita através do projeto ‘Convite ao Teatro’, da Prefeitura de Maringá. “Nós estamos muito felizes de poder estar em Maringá, circulando pela nossa região Norte do estado, um trabalho que resgata e valoriza nossa cultura caipira”, diz o ator Renan Bonito. O ator ainda destaca sua fascinação pelo teatro em sua estreia na cidade Maringaense “Ficamos maravilhados com a arquitetura do espaço, e com a acolhida do público”.

SINOPSE – Como seria a vida de um homem gay que tivesse vivido no interior do Brasil cem anos atrás? Inspirada pela cidade de Jacarezinho, no Paraná, entre 1920 e 1950, a peça narra a história de um homem simples, do campo, tendo como conflito os seus “aterramentos”, da infância à vida adulta. Aterrar é o processo do ser humano de deixar pelo caminho da vida decisões e vontades, e nesse percurso é quando aterramos – por decisão própria ou de terceiros – nossos desejos, nos afastando cada vez mais da nossa essência.

Resgatando e valorizando a cultura caipira, a trilha sonora original auxilia a viagem à esta poesia documental. A peça tem como norte duas estéticas e metodologias artísticas: o teatro documentário e a poesia. Para auxiliar na construção dessa narrativa, e para trazer elementos da área rural e da cultura caipira, a trilha sonora foi criada seguindo o conceito de espacialização do som. Uma sonoplastia que nos localize geograficamente e sensorialmente na história.

Compondo com a paisagem sonora e com elementos musicais ao vivo, o espetáculo conta uma participação especial em cena. Essa participação, tem como referência o roadie musical: um profissional (quase invisível) com movimentos precisos e pontuais. Convida-se assim, a atriz Gabriele Christine para realizar uma contrarregrarem em cena.

Sua presença cria sentidos e signos pertinentes à construção da obra, potencializando o caráter poético da mesma, já que tem-se a escolha da poesia como uma linguagem de comunicação e de abertura de signos e sentidos. O lirismo, a musicalidade e a abertura de sentidos está presente nos gestos, no desencadeamento de cenas e no texto teatral. Eleva-se ao título, portanto, de que a montagem seja uma poesia documental.

FICHA TÉCNICA – Direção de Adelvane Néia e dramaturgia de Adelvane e Renan Bonito; atuação de Renan Bonito; participação especial de Gabriele Christine; cenário e figurino por Cesar Almeida; trilha sonora por Lila Pastore; operação de som por Mariana Montezel; iluminação por Gabriela Santos; operação de luz por Bárbara Lamounier; foto por Pruner Neto e Túlio Prado; assessoria de imprensa em Maringá por Rafael Donadio; realização por Companhia da Terra e produção de CNX Produções.

SERVIÇO – Confira a programação completa do espetáculo acessando Aterra

Assessoria de imprensa