O mês de outubro além de diversas outras ações em prol da saúde, marca também o Dia Mundial da Obesidade, em 11 de outubro. Uma boa alimentação é sinônimo de vida saudável e auxilia na prevenção do surgimento de doenças crônicas e melhor qualidade de vida. A obesidade é um dos fatores de risco para a saúde, sendo importante fator para condições crônicas, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes, distúrbios músculo-esqueléticos (osteoartrite) e alguns tipos de câncer.A conscientização acerca deste assunto é fundamental para estabelecer uma população mais saudável e desconstruir retratos estereotipados da obesidade, comumente abordados da mídia de forma caricata, imprecisa e negativa - resultando no perigoso estigma de peso. O dia 11 de outubro marca também a promoção de hábitos mais saudáveis e uma perda de peso consciente.Andressa Santos diz que luta contra a obesidade desde sempre, mas que a situação começou a se agravar após a adolescência. “Com o poder aquisitivo por ter meu primeiro emprego, as guloseimas - frituras e gorduras - começaram a fazer parte do meu dia a dia. Quando percebi que eu estava chegando aos 90 kg com 1,58 de altura. Eu comecei a entrar em desespero”, afirma. A publicitária ainda relata que deu início a uma reeducação alimentar, onde nos primeiros meses conseguiu uma perda significativa de peso, porém, a dificuldade em manter os hábitos era grande. “Com o passar dos meses, era cada vez mais difícil diminuir os números nas avaliações. E com isso, infelizmente, acabei perdendo o foco e abandonei o acompanhamento.”Após o abandono da rotina de reeducação alimentar, a depressão e baixa autoestima tomaram conta da rotina da jovem. “Me joguei na comida e em 3 anos engordei 30 kg. De 77 kg que eu tinha conseguido alcançar, disparei para 107 kg.”, relata.
Em Maringá, a UEM organiza uma pesquisa sobre obesidade através do Núcleo de Estudos Multiprofissional da Obesidade, o NEMO, que possui o intuito de verificar os fatores de risco associados ao excesso de peso, além de avaliar a eficácia do Programa Multiprofissional de Tratamento da Obesidade (PMTO), almejando a redução de peso. Andressa, aos 24 anos, já participou do projeto nos anos de 2018 no grupo de atividades terrestres e em 2019, no grupo de atividades aquáticas. “Quando conheci o NEMO, o que mais me chamou a atenção foi que além de exercícios físicos, eles ofereciam encontros com psicóloga, nutricionista e um educador físico.”A publicitária ainda afirma que o sentimento de identificação no grupo era muito importante para lidar com o processo de emagrecimento. “Gostava muito de participar, fazia parte de um grupo que a maioria das pessoas passava pelos mesmos problemas que eu, então eu me identificava nas dificuldades, problemas de saúde e também nas desculpas quando o assunto era perder peso”, afirma.Após finalizar o projeto ofertado pela UEM, Andressa diz que voltou a fazer acompanhamento físico profissional com sua nutricionista, acompanhada de seu namorado, Cezar, e que após 2 meses de consultas e mudanças de hábitos os dois já emagrecerem, juntos, 14 kg. “Engordamos aproximadamente 30 kg cada durante todo o nosso relacionamento. Estamos tentando juntos emagrecer com a reeducação alimentar. Não existe dieta milagrosa, é você ter força de vontade, fazer escolhas certas, focar, aprender a dizer não quando preciso, praticar exercícios e principalmente manter a força de vontade, ela é fundamental.”Além da reeducação alimentar e a prática de exercícios, alguns métodos como as cirurgias bariátricas são muito utilizadas em caso de obesidade extrema. Campanhas de conscientização, projetos como o da UEM, acompanhamento psicológico e principalmente o apoio de amigos e familiares pode mudar a vida de quem sofre com a obesidade.