A fórmula matemática serve para qualquer pessoa, mas os valores considerados como referência para a classificação do estado nutricional variam para crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.Para calcular o IMC, divida o seu peso (em quilos) pela sua altura (em metros) elevada ao quadrado, ou seja, altura x altura. De acordo com a faixa etária, outras medidas corporais também são recomendadas para um diagnóstico mais adequado, como perímetro da cintura, da panturrilha, entre outros.A classificação do estado nutricional por meio das medidas corporais é um dos subsídios para o diagnóstico do estado de saúde do indivíduo e, quando necessário, deve ser complementado com análise e outros aspectos (clínicos, sociais e ambientais) pelos profissionais de saúde.
* Em adultos, o padrão internacional para diagnóstico da obesidade é o IMC, mas em crianças e adolescentes, a classificação de sobrepeso e obesidade segundo o IMC é mais arbitrária, não se relacionando com morbidade e mortalidade da forma como se define obesidade em adultos. Já os idosos possuem pontos de cortes de IMC diferenciados devido à alteração da sua composição corporal.O cálculo do Índice de Massa Corporal é apenas um ponto de partida, pois não leva em conta diversos outros aspectos relevantes para o acompanhamento da sua saúde. Veja o por quê:
1. O cálculo convencional do IMC só se aplica a pessoas entre 20 e 59 anos. Crianças, adolescentes e idosos têm composições corporais específicas não contempladas pela fórmula padrão.
2. Se você possui muita massa magra (músculo), o cálculo do seu IMC pode dar um resultado elevado sem que você esteja, de fato, com sobrepeso ou obesidade. O IMC pode classificar atletas como obesos, por exemplo, porque indica apenas uma correlação entre altura e peso da pessoa, sem levar em conta uma série de outros fatores determinantes, como o percentual de gordura.
3. Mesmo que não seja classificado com sobrepeso ou obesidade a partir do cálculo do IMC, você pode apresentar uma composição corporal inadequada e características de pessoas acima do peso, como elevado percentual de gordura, níveis altos de glicose e triglicerídeos no sangue.
4. O IMC não leva em conta a medida da circunferência abdominal, por exemplo, parâmetro importante para a detecção da gordura visceral, que se acumula junto ao abdômen.
5. Gestantes podem apresentar um IMC que as classifique como acima do peso, ainda que estejam plenamente saudáveis. Grávidas são um caso à parte e existem cálculos diferenciados para essa fase da vida.