A Prefeitura de Maringá iniciou nesta semana o asfaltamento da Avenida Horácio Racanello Filho – construída sobre a laje do túnel ferroviário – no trecho entre as avenidas São Paulo e Pedro Taques.Nesta etapa das obras, também vêm sendo executadas a estruturação do canteiro central e a compactação do solo para asfaltamento da segunda pista no trajeto de 1,7 km entre as avenidas São Paulo e Paraná, onde está concentrado o maior número de empreendimentos imobiliários em construção no Novo Centro.Para que a dinâmica da obra não prejudique o trânsito e o comércio no local, a partir do dia 17 deste mês estará proibida a conversão à esquerda para os motoristas que trafegam pela Avenida São Paulo – no sentido Colombo/Centro – e se dirigem à Avenida Mauá contornando o Shopping Avenida Center.Também a partir dessa data, a Rua Amadeu Progiante passará a ter mão dupla para facilitar o acesso lateral ao estacionamento do shopping.De acordo com o diretor técnico da Urbamar, Fernando Camargo, o ritmo dos trabalhos relacionadas ao rebaixamento da via férrea não diminuiu mesmo com o período chuvoso dos últimos dias. “Isso nos possibilita a realização das obras necessárias, o cumprimento de prazos estabelecidos e a seqüência de todas as etapas e ações previstas no projeto de urbanização do Novo Centro da cidade”, diz.Executados pela empresa CR Almeida S/A Engenharia de Obras – vencedora da licitação – os trabalhos para conclusão da avenida Horácio Racanello Filho prevêem ainda a aplicação de pavers no canteiro central e cruzamentos com as principais vias transversais, a implantação da nova rede de galerias pluviais e a instalação da rede subterrânea de energia elétrica.SUPERVIA LESTE-OESTE: as ações desenvolvidas atualmente pela Urbamar e Secretaria do Desenvolvimento Urbano são preparatórias para o rebaixamento da via férrea que, na etapa seguinte, irá possibilitar a abertura e pavimentação de duas pistas rodoviárias ao lado da ferrovia no trecho entre as avenidas Pedro Taques e Tuiuti. Será a colocação em prática do projeto de construção da Supervia Leste-Oeste, que tem execução prevista para ser iniciada pelo setor Leste da cidade.O novo eixo rodoferroviário viabilizará o futuro sistema de Veículo Leve sobre Trilho (VLT) – metrô de superfície – com aproveitamento da ferrovia e abertura do acesso à estação subterrânea para o transporte de passageiros entre Maringá e cidades da Região Metropolitana. Em outra etapa, o mesmo sistema de transporte será estendido para 13 cidades do eixo Maringá-Londrina, iniciando em Paiçandu e indo até Ibiporã.Essas ações formam um conjunto de procedimentos tomados pela administração municipal em cumprimento ao plano de obras elaborado há quase duas décadas.Prefeitura cumpre cronograma do Plano Urbanístico .A colocação em prática de um novo plano urbanístico para a cidade teve início no final dos anos 80 com a remoção do pátio de manobras, que causava congestionamentos e transtornos no trânsito do centro da cidade.Posteriormente, para garantir a segurança da comunidade, foi destinado um local fora do perímetro urbano para a instalação dos depósitos de combustíveis das distribuidoras de petróleo, evitando assim as manobras de vagões na área central.Para adaptar a ferrovia à área urbana, desobstruir cruzamentos e evitar os acidentes que ocorriam em função da grande circulação de veículos entre as zonas norte e sul, parte da via férrea foi transformada em subterrânea.O terceiro procedimento tomado foi a elaboração, em 1995, do projeto para escoamento do volume total das águas pluviais da região central, parte da Zona 7 e área de influência do rebaixamento da linha férrea.
O sistema adotado foi o de utilização de estruturas metálicas – conhecido como Tunnel Liner – por apresentar solução rápida e segura.O sistema de escoamento foi executado a uma profundidade média de 12 metros, com extensão de 1,5 quilômetro e diâmetro de 2,20 metros, com emboque no interior do Parque do Ingá.De 1995 até 1999 foram realizadas as obras para o rebaixamento da linha férrea entre as avenidas 19 de Novembro e Tuiuti. A iniciativa teve a finalidade de eliminar as transposições sobre os trilhos, reduzir a interferência da ferrovia no tráfego urbano e criar novas alternativas para o trânsito na área central da cidade.O rebaixamento dos trilhos envolveu um trecho de 4,5 quilômetros, exigiu a movimentação de 94,7 mil metros cúbicos de terra e representou a obra mais complexa do projeto.A execução do túnel para a passagem da linha férrea rebaixada foi necessária para o processo de urbanização do Novo Centro. O trânsito na região central se tornou mais ágil e seguro, adequando a área para empreendimentos imobiliários.O túnel ferroviário tem uma extensão de 1,64 quilômetro, largura de 17 metros e altura de 10 metros. Fica no trecho entre as avenidas Paraná e Pedro Taques.Entre as futuras intervenções previstas para urbanização das áreas públicas centrais está a revitalização do antigo complexo industrial da Zona 10, onde a administração municipal estuda a execução de vários projetos específicos e direcionados à iniciativa privada.No projeto de zoneamento e ocupação da área de 70 hectares da Zona 10 está prevista a implantação de um condomínio industrial ladeado por um complexo hoteleiro composto por áreas de lazer e alimentação, shopping com lojas arrojadas e um centro de convivência que vão diferenciar e destacar Maringá no setor de moda e confecções em todo o país.Conforme o projeto, o resgate da interligação será viabilizado com a construção de três viadutos sobre a ferrovia para dar seqüência de tráfego às ruas Monlevade, Rebouças e Gaspar Ricardo.Mais informações: 3221-1503 (Urbamar)