Através do estudo sobre as árvores de Maringá, que a Prefeitura recebeu do Cesumar no último dia 8, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Agricultura está analisando a situação das árvores consideradas pelo estudo como sofríveis.De acordo com o autor do estudo, o engenheiro florestal André César Furlaneto Sampaio, são consideradas sofríveis as árvores que aparentam sintomas de doenças e de injúrias mecânicas graves, como crateras, infestação de cupim ou quando foi ateado fogo na base, por exemplo.“Isso não significa que essas árvores estejam condenadas. Em muitos casos basta tratá-las”, afirma Sampaio.De acordo com o engenheiro florestal em dois anos foi feito um censo de 90% das árvores das vias públicas de Maringá. “Fizemos um R.G. para cada uma das mais de 93 mil árvores cadastradas”, conta ele.Cada árvore tem 36 informações, desde a condição da raiz até a condição geral de sua saúde. Na classificação, 18% foram classificadas como boas, 49% como satisfatórias e 32% como sofríveis. As boas são as que não aparentam injúruas mecânicas, folhas amarelas ou doenças.As satisfatórias são as que têm poucos sintomas de doenças ou pragas, folhas amarelas ou injúrias mecânicas pequenas, como nomes escritos no tronco, por exemplo.De acordo com o secretário do Meio Ambiente e Agricultura, José Croce, junto com o estudo, a Secretaria recebeu uma proposta do Cesumar para a criação de um instituto para o gerenciamento dessas árvores. Dessa forma, a agilidade no serviço ganhará bastante peso. Croce revela que a intenção é dar ao Instituto o nome de Aníbal Bianchini Filho, o “jardineiro de Maringá”, que planejou a arborização do município.
O Instituto, também, seria um apoio para reorganizar a uniformidade das espécies. ”Hoje temos 39% de Sibipiruna, enquanto a segunda espécie mais freqüente, o Ipê Roxo, representa apenas 10% das árvores”, afirma. Ele afirma que com o estudo será possível planejar a reposição das árvores que precisarem ser erradicadas.“Vamos fazer um trabalho de conscientização da população de que é preciso manter a uniformidade das espécies, assim como foi feito o projeto inicial da arborização de Maringá”, declara.O trabalho prioritário da Prefeitura, neste primeiro momento, será enviar as equipes de vistoria para os locais onde as árvores sofríveis aparecem em maior freqüência, como as zonas dois e cinco, que são as mais antigas da cidade. “Com isso, poderemos concentrar as podas nos locais onde há maior risco de danos físicos ou materiais”, afirma o secretário. Hoje Maringá tem um total de área verde de 25 metros quadrados por habitante. Nas áreas centrais essa áea aumenta para 44 metros quadrados por habitante, o que é considerado um índice excelente, segundo o autor do estudo.